Alguns dias se passavam...
Luiza se dividia com suas obrigações com seu povo e cuidado com o desconhecido.
Ela entrou na cabana e ele estava sentado com um belo sorriso, ele sempre sorria.
Luiza sorriu: "Que bom que está melhor hoje, Ofun!"
O: "Graças a você! Não tenho duvida que você seja alguma espécie de anjo!" – falou naturalmente e refletiu sem graça – "Me desculpe! Eu acho que vocês não gostam dessas coisas!"
Luiza sorriu enquanto pegava algo para ele comer: "Não há o que se desculpar. Temos crenças diferentes, mas no fundo todas só buscam o amor, a paz, ne?"
Ofun estava encantado com ela. Uma mulher extremamente bonita, exalava um força, uma sabedoria única.
O: "Não sou um homem de fé! Para falar a verdade não concordo muito com o que a minha igreja faz! Não sei se há um deus!"
Luiza: "Cada um acredita naquilo que é permitido acreditar no momento. Você não espera que uma criança entenda de ciências, contas, mas um dia quando mais velha entenderá. Não se cobre!"
O: "Você acredita em Deus?!" – perguntou surpreso.
L: "Por que não? Talvez eu só não o chame de deus"
O: "Talvez eu seja um pecador por duvidar Dele"
L: "Acho que deus é algo muito grandioso e ainda não estamos evoluídos, prontos para compreender tal magnitude e perfeição. Somos tão imperfeitos e por isso há tanta duvida"
Ofun a olhava admirado, ela falava tão calmamente, uma cigana lhe ensinava mais sobre Deus do que os padres das varias igrejas que frequentou.
O: "Eu não sei como agradecer o que fez e o que faz por mim! Saiba que em mim sempre terá um amigo e eu tenho uma divida muito grande com você" – falou sincero.
....
No acampamento...
"Cadê Luiza?" – um velho com um rosto duro gritava para Eurielle.
E: "Calma, papai! Ela deve esta resolvendo algo, logo estará aqui!"
Velho: "Afonso dá muita liberdade para ela. Ela é uma mulher! Não me importo que ela seja a esposa do líder, ela é minha filha e me deve obediência. Vá! Se levante e a traga aqui agora!"
Eurielle contrariada se levantou, sabia onde ela estava e foi buscá-la.
...
A porta da cabana abriu e Ofun estava sentado bebendo um pouco de água, ele olhou e... sua mão soltou o copo que segurava, derramando toda a água no chão, sua respiração parou quando seus olhos encontraram os dela, ela não era um delírio, ela realmente existia e estava ali linda em sua frente, vestia um justo vestido vermelho que mostrava suas belas curvas, um lenço vermelho na cabeça e os longos cabelos pretos estavam soltos, ela era a mulher mais linda e sensual que já viu.
...
Eurielle olhou para ele e seu coração parecia se acalmar, estava tão ansiosa caminhando para a velha barraca, mas quando encontrou aqueles olhos, era como se tivesse sido banhada pelas águas frescas do rio, seu corpo, seu coração, sua alma se acalmaram.
Tudo aconteceu em questões de segundos, mas para aqueles dois foram séculos.
Luiza pegou um pano para secar a água que caiu molhando o chão e o soldado.
Luiza olhou para a irmã e perguntou em romani*: "O que foi, Eurielle?"
Eurielle respondeu calmamente, toda a sua agitação foi embora em segundos quando viu aqueles olhos: "Papai a procura!"
L: "Ah, papai não podia ser um pouco mais paciente?! Sabe que as reuniões não são mais à tarde, mas insiste só para arrumar confusão" – suspirou, juntou as coisas enquanto Eurielle ficava perto da porta, desde que chegou não se mexeu e olhava para o soldado.
L: "Ofun, tenho que ir! Deixei algumas frutas novas, não sei se gosta! Tente descansar! Por favor, não faça esforço! Que o seu deus o proteja!"
E as duas irmãs saíram, Ofun nada falou, a jovem cigana levou suas palavras e sua concentração.
Notas Finais
* O cavaleiro - Esta carta é a primeira do baralho e ela indica que você está no caminho certo para atingir as metas, sendo ela não o ganho em si, mas a certeza de que isto acontecerá. Com muita coragem, energia e dedicação você irá lutar pelo o que acredita e perseguir o seu sonho, ele estará claramente logo a sua frente.
A imagem da carta é um cavaleiro jovem em movimento, que simboliza a disposição e coragem de combate para alcançar a glória.
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Maktub
Любовные романыA palavra Maktub, do árabe, significa "destino", e pode ser interpretado como "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Eurielle ainda carrega muitas cicatrizes em sua alma, será que dessa vez com a benção do véu do esquecimento ela saberá...