Ofun estava no quartel.
Soldado: "Senhor, ainda faltam essas permissões para o novo centro. Precisam da assinatura da senhora Augustos, ela é a responsável por ele. O general Stuart levava para ela assinar, ela é muito ocupada ajudando nosso povo." – Ofun percebeu a admiração do soldado pelo trabalho de Eurielle –"Se o senhor quiser eu levo".
O: "Não, pode deixar que eu mesmo levo!"
...
Casa de Augustos
Governanta: "General!"
O: "Boa tarde! A senhora Augustus está?"
G: "Não, mas já esta chegando! Hoje ela chega cedo da enfermaria! O senhor quer aguardar ou deixar algum recado?"
O: "Gostaria de aguarda-la, se não for incomodar!"
Ofun podia deixar os papeis e pegar depois, mas seu coração vencia dessa vez a intensa batalha contra a sua mente.
A governanta o levou para a sala e foi buscar um refresco para o general.
Ofun caminhava pela sala olhando a bela decoração, a primeira vez que esteve naquela casa percebeu que a decoração tinha alguns objetos importantes para a tradição cigana e muitos incensos. Dava para perceber que Eurielle amava aquela casa, sorriu com tantas almofadas coloridas, havia muita vida naquela casa.
Estava observando quando sentiu alguém puxar seu blusa.
Ofun se virou e lá estava o bonito filho da cigana, observou que o menino não tinha traços de Augustos nem de Stuart, lembrava um pouco Eurielle, mas não muito, mesmo assim seu rosto era familiar. Sentiu uma alegria em seu peito como no dia que o viu a primeira vez correndo nos jardins.
Ofun estranhou aquele sentimento, pois quando estava longe de Lucas sentia certa repulsa pela criança e se sentia mal por isso, afinal era só uma criança inocente, mas ali tão perto seu peito ficava feliz com a presença do menino.
Ofun se abaixou e sorriu para Lucas que o olhava curioso.
O: "O que foi?"
L: "Você é um soldado?"
Ofun sorria: "Sim, sou um soldado!"
L: "Pode me mostrar?"- falou enquanto apontava para a espada do general.
O: "Claro!" – o general sorria e pegava a espada para mostra o menino.
Eurielle entrava na sala e quando viu Ofun pegando a espada e Lucas tão perto seu coração apertou.
Flashback
A chuva não dava trégua, nem o som das espadas. E no meio da intensa batalha, ela os viu.
Ela sentiu seu coração parar ao ver os dois homens que amava ali dispostos a se matarem.
FIM
A cigana correu, pegando o menino no colo de forma protetora, assustando Lucas.
Ofun guardou a espada sentiu uma imensa tristeza e vergonha ao ver medo nos olhos dela, ela nunca tinha o olhado assim. Pensou que ela percebia o que ele sentia pelo fruto da traição dela, a traição dela com ele, a traição dela com Augustos, mas ali tão perto do menino se sentiu feliz como há muito tempo não se sentia. Sempre gostou de crianças e quis muito um filho dela. Doeu ver que Eurielle acreditava que ele seria capaz de ferir uma criança.
Eurielle estava nervosa: "Fique longe do meu filho!"
Ofun mostrava as mãos tentando acalma-la.
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Maktub
RomanceA palavra Maktub, do árabe, significa "destino", e pode ser interpretado como "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Eurielle ainda carrega muitas cicatrizes em sua alma, será que dessa vez com a benção do véu do esquecimento ela saberá...