Dias depois...
Ofun dormia quando escutou batidas na porta do seu quarto, levantou rapidamente e encontrou D. Giselda.
O: "Está tudo bem?"
D. Giselda: "Senhor, há um soldado lá embaixo ele falou que é urgente!"
Ofun se trocou rapidamente e desceu.
O: "O que aconteceu pra vir essa hora em minha casa?"
Soldado: "Desculpe-me, senhor, mas é urgente"
O: "O que aconteceu?"
S: "O filho do comandante desapareceu"
O: "O quê? Como assim desapareceu?"
S: "Parece que a mãe acordou no meio da noite e percebeu que o menino não estava em seu quarto, o procurou pela casa e não o encontrou. Logo se espalhou a notícia do sumiço do menino e há várias pessoas nas ruas procurando. Acham que alguém o raptou!"
Ofun ficou visivelmente nervoso e saiu apressado com o soldado enquanto dava ordens.
O: "Fechem imediatamente os portões da cidade! Ninguém entra, ninguém sai. Quero o maior número possível de soldados nas ruas, vasculhando casa, lojas, becos... tudo!"
Ofun chegou à casa de Augustos e viu a grande movimentação, a cigana era muito querida na cidade. O peito dele estava agitado e quando viu a cigana aos prantos, correu e a abraçou com carinho, beijando os cabelos delas não se importou com os olhares curiosos que os cercavam.
Eurielle chorava: "Lucas... ele não esta aqui... levaram meu filho, Ofun!"
Ofun segurou o rosto dela carinhosamente e a olhou nos olhos.
O: "Não chore!" – falou firme – "Eu vou trazer seu filho para você! Eu prometo!" – e abraçou. Seu coração sentia a dor dela.
A governanta olhava a intimidade que eles pareciam ter. Ofun saiu.
...
A noite foi longa e muitas buscas eram feitas.
A luz do dia começava a brilhar e nada de Lucas aparecer.
Ofun olhou para o céu e pássaros voavam, lembranças surgiram.
Flashback
Dois jovens apaixonados, sorriam e conversavam perto do riacho que passava pelo acampamento cigano.
Vários pássaros voavam no céu e chamaram a atenção da cigana.
Eurielle olhou para os pássaros que migravam: "Incrível como eles sabem para onde ir, que direção seguir, para onde voltar"
FIM
Ofun estava com medo pelo menino e orava. O espírito de Pedro estava ao seu lado.
Com a lembrança inspirada por Pedro, o general pensou que as buscas estavam mais concentradas na cidade e montado em seu cavalo foi para o local onde há muitos anos não ia, onde seu coração se partiu, o local que ficava o acampamento de Afonso.
O local era distante, mas algo falava que devia ir para lá, para o rio.
O general estava nervoso não queria que nenhum mal acontecesse ao menino e ele faria qualquer coisa para devolver o filho de Eurielle.
Desceu do cavalo e entre as arvores, entre lembranças ia caminhando parecia que podia escutar a risada dela, seus véus, suas saias voando enquanto os dois apaixonados corriam por aquelas arvores, então a risada dela parecia ganhar vida. Ofun puxou a espada e viu que era a risada de Lucas, caminhou devagar e viu o pequeno menino sozinho brincando perto do rio, o menino sorria.
Ofun correu e o abraçou, beijando aqueles cabelos escuros, seu coração que antes estava agitado se acalmava e sentindo o menino em seus braços. Uma lagrima feliz escorreu por seu olho direito.
Pegou o menino no colo e olhou em volta apontando sua espada para ver quem estava lá porque era muito longe e não tinha como Lucas chegar ali sozinho.
Ofun aflito perguntava e olhava pra o menino: "Você esta bem?"
Lucas sorria: "Sim! Você demorou?"
Ofun confuso: "O quê?"
Lucas: "Meu amigo falou que você viria me buscar!"
Ofun percebeu que não tinha mais ninguém ali.
Lucas em seu colo o olhava com carinho e Ofun se sentia feliz.
L: "Eu queria vê-lo de novo. Você não foi mais à minha casa. Não quer ser meu amigo?"
Ofun estava emocionado e deu um beijo na testa do menino.
O: "Claro que sim! Agora me fale sobre esse amigo que o trouxe"
L: "Ele é um soldado igual você! Mas as roupas dele são diferente! Ele falou que você viria e estava aqui comigo, mas agora já foi embora"
Ofun se preocupou, será que havia um traidor em seu exercito.
O: "Qual é o nome dele?"
L: "Pedro!"
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Maktub
RomanceA palavra Maktub, do árabe, significa "destino", e pode ser interpretado como "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Eurielle ainda carrega muitas cicatrizes em sua alma, será que dessa vez com a benção do véu do esquecimento ela saberá...