Augustus viajava para o sul quando soube da morte de Flávio. Trouxe o corpo para o norte e fez todas as honras militares para o corajoso general ao lado de Eurielle, Lucas e Ofun.
A cidade, o convento e o orfanato que ele tanto ajudou choravam. Ali partia um amigo, um soldado, um herói.
A casa de Augustus estava silenciosa e Ofun pela primeira percebeu tristeza naquela casa. Augustus era o mais abatido. A cigana tentava consolar o amigo com suas crenças que a vida continua. Augustus não acreditava e só Lucas o fazia sorrir, se alimentar.
Foram dias difíceis, tristes. Flávio era muito amado e sua falta deixou aqueles corações mais tristes.
Eurielle e Lucas continuavam morando com Augustus. A cigana adiou o casamento e Ofun compreendeu. O general passou há ficar mais tempo na casa do comandante. Começou a compreender através do grande sofrimento de Patrick como ele amava Flávio. Os dois começavam a reatar os laços de amizade dessa vez os fazendo mais fortes.
Ofun ajudava Augustus a cuidar daquela cidade tão amada por Flávio.
Foi com enorme surpresa que o testamento do general foi aberto, sua mãe já havia falecido e ele não tinha parentes próximos, Flávio deixou sua imensa fortuna para Eurielle. Flávio além do cargo de prestigio era de uma família muito rica e tradicional, a cigana virou uma das mulheres mais ricas do norte.
Com a herança ela e Augustus criaram um novo orfanato, mais amplo, com mais atividades, demolindo o anterior e deram o nome de Casa do Amigo Flávio Stuart.
...
Flávia ficou muito emocionada com a homenagem.
...
Após alguns meses o ferimento causado pela morte de Stuart virava uma cicatriz.
Ofun contou para Eurielle como descobriu que ela não havia abandonado, que encontrou os ciganos, Luiza e Afonso e foi com tristeza que a cigana recebeu a noticia da morte de seu pai.
O: "Acho que ele se arrependeu do que fez com você e se entregou a bebida. Infelizmente um dia tirou a própria vida"
A cigana chorava nos braços de Ofun.
Ofun como braço direito do comandante teve que fazer uma viagem para fora da cidade e a cigana ficou cuidando dos preparativos do casamento e suas atividades.
Com o amor de Lucas e Eurielle, Patrick recuperava sua motivação.
Augustus estava em seu escritório.
E: "Tem um minuto?"
A: "Pra você sempre! Pode entrar!"
O comandante percebeu que Eurielle passava a mão na cicatriz, estava ansiosa.
E: "Ofun me falou que encontrou minha irmã, meu cunhado e amigos, eu pretendo ir chama-los para meu casamento"
A: "Entendo. Acho que ficarão muito felizes por você e Ofun. Mas?" – ele percebeu que tinha algo.
E: "Você sabe que meu pai faleceu e sei que o pai que entrega a noiva. Eu gostaria que você entrasse na igreja comigo."
Patrick sorriu e emocionado a abraçou.
A: "Nada me faria mais feliz! Obrigado por essa honra!"
Os dois conversaram e sorriam.
A: "Você precisa ser escoltada. Agora é uma mulher muito rica e também não pode viajar sozinha com uma criança"
E: "Esta tudo bem, mas..."
A: "Não. Irei pedir alguns homens de minha confiança que a acompanhe. Por favor..."
E: "Tudo bem! Mas não se esqueça de explicar a Ofun que estamos seguros! Sabe como ele é!"
E assim a cigana e seu filho partiram para o acampamento cigano.
Após alguns dias Ofun chegou à casa do comandante estava com muita saudade de Lucas e Eurielle. Conversava com Patrick.
P: "Não se preocupe! Eles estão seguros! Só não entendo como ela sabe onde estão!"
O: "Ela passou a vida viajando com eles, conhece as rotas. Mesmo assim devia ter me esperado. Não gosto dela e Lucas sozinhos por ai"
P: "Já falei para não se preocupar. Eles estão bem e agora vá para casa e aproveite esses dias de folga"
Ofun saiu da casa do comandante e estava agitado, se preocupava com eles e estava com muita saudade. Esses dias de folga seriam horríveis, pois quando trabalhava ocupava a mente e sem Lucas e Eurielle não sabia o que fazer. Queria encontrá-los, mas como? – pensava.
Então vários pássaros cantavam no céu, eles migravam e o general os observando, sorria.
Naquela época do ano só havia um lugar que o acampamento de Afonso ficava.
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Maktub
RomansaA palavra Maktub, do árabe, significa "destino", e pode ser interpretado como "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Eurielle ainda carrega muitas cicatrizes em sua alma, será que dessa vez com a benção do véu do esquecimento ela saberá...