Ofun saiu do quarto e um enorme sorriso não saia do seu rosto.
E então desceu as escadas e caminhou ate o escritório com uma expressão séria.
Augustus estava pálido com as mãos apoiadas na mesa e se levantou quando Ofun entrou.
Ofun o olhou sério.
O: "Você sabia! Não tinha como não saber!
Augustus os estava triste, arrependido.
A: "Sim! Por favor, me perdoe?"
Ofun deu um soco no comandante que caiu no chão.
Ofun gritava: "Como pode? Eu confiei em você! Eu admirava você! Por quê?"
A: "Me perdoe? Eu sei que fiz coisas horríveis nessa vida e sem duvida essa é a que mais me arrependo! Mas eu não queria perder Lucas!"
Ofun pegou sua espada e colocou a ponta dela no pescoço de Augustos.
Ofun gritava estava com ódio, todos aqueles anos, ele sofria, Eurielle sofria e Augustos os separava por querer roubar seu filho, sua vida.
Ofun gritava e apertava a espada no pescoço do comandante que começava a sangrar com a afiada lamina.
O: "Eu salvei a sua vida e você tirou a minha!"
Com os gritos, a governanta, Eurielle e Lucas entraram no escritório.
Lucas correu e se jogou no colo de Augustos chorando e gritava para Ofun.
L: "Não machuca o papai!"
Ofun ficou perdido e "pai" ecoava em sua mente, soltou a espada no chão e se afastou olhando a cena, Augustos chorava e Lucas também, os dois se abraçavam, se amavam.
Ofun falou baixo: "Não, eu sou seu pai!" – e caiu de joelhos vendo o filho nos braços de Augustos e a cigana ao lado do comandante.
Eurielle estava confusa, não entendia o que aconteceu e ficou preocupada com o ferimento de Augustos, mas não era profundo.
Ofun observava a cena e lágrimas caiam do seu rosto.
Eurielle examinava Augustos.
Eurielle estava aflita: "Esta tudo bem? Está doendo? Por Deus! O que aconteceu?"
Eurielle sentiu seu braço sendo puxado e olhou para Ofun que parecia desnorteado.
O: "Se afaste dele! Esse maldito não merece sua bondade!" – e olhando para Augustos – "Maldito seja o dia que salvei a sua vida! Ele sabia de tudo, Eurielle. Ele nos afastou todo esse tempo, ele nos tomou todos esses anos"
Eurielle estava confusa e olhou para Augustos que chorava agarrado a Lucas. Percebeu pelo olhar de Patrick que Ofun falava a verdade.
Eurielle se virou para Ofun: "Ofun se acalme! Esta assustando Lucas!"
Ofun olhou para o filho e seu peito doeu ao ver medo nos olhos do menino e soltou o braço de Eurielle, a cigana o olhava e dentro daqueles olhos ele se perdeu.
Ofun caiu ajoelhado aos pés dela chorando, implorando: "Me perdoe? Me perdoe, meu amor? Por não confiar em você, por não confiar em nosso amor, por ser orgulhoso, fraco? Eu não a mereço! Mas por favor, me dê o seu perdão! Eu não suporto mais tanta dor!"
Eurielle entendeu que ele descobriu sobre Lucas, toda a verdade, a cigana falou para a governanta.
E: "Por favor, leve Lucas para o quarto e peça para olharem o ferimento de Augustus, por favor, nos deixem sozinhos"
Ofun chorava com desespero ajoelhado, agarrando a cintura dela.
Eurielle delicadamente limpou as lagrimas dele e se ajoelhou em sua frente.
Eurielle falava calmamente enquanto secava as lagrimas dele: "Se acalme! Respire! Eu não sei por que o destino nos afastou, mas estamos aqui agora e o tempo é precioso demais para magoas, orgulho!" – passou a mão pelos cabelos deles – " Eu fiquei triste com suas palavras e ações, mas compreendi que você apenas sofria. E fiquei mais triste por vê-lo perdido naquela solidão. Eu sinto muito por tudo que passou e que nosso amor tenha sido tão doloroso para você. Eu vi que a intensidade do seu amor por mim, era a intensidade do seu sofrimento. Eu aprendi que o perdão é sempre o melhor caminho. Mas no nosso caso não há perdão, pois eu não me sinto ofendida, meu amor." – e ela sorriu.
Ofun a beijou e as lágrimas tristes que caiam de seus olhos há tantos anos se transformavam em lágrimas felizes.
Notas Finais
Esconde o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável.
Não me expulses da tua presença, nem tires de mim o teu Santo Espírito.
Salmos 51:9-11
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Maktub
RomanceA palavra Maktub, do árabe, significa "destino", e pode ser interpretado como "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Eurielle ainda carrega muitas cicatrizes em sua alma, será que dessa vez com a benção do véu do esquecimento ela saberá...