Eurielle estava encostada na enorme janela da bela mansão de Augustos, olhava as estrelas no céu, sentia o vento suave que passava pelos seus longos cabelos e seus pensamentos voavam.
Flashback
Estava de noite e havia tantos sons, os cantores, os pandeiros e as risadas, como ela sentia falta do acampamento.
Desde que aceitou o amor de Ofun sorria mais e queria ficar mais bonita pra ele, colocou suas pulserias e colares preferidos e com sua saia colorida saiu de sua tenda. E sentiu uma mao a puxar.
"Shiii! Fique quieta, venha!" – sussurrou Ofun.
Ela sorriu ao mesmo tempo era perigoso e emocionante.
Correram pelas arvores e quando pararam quase sem fôlegos, apenas sorriam pela pequena travessura.
E: "Você esta louco! Se meu pai te ver perto de minha tenda, ah, Ofun, eu..."
Ela parou de falar quando viu que ele a olhava muito sério. Ela olhou para sua blusa branca e sua saia colorida vendo se tinha algo.
E: "O que foi?"
Ele sorriu não apenas com os lábios, mas com os olhos: "Você é sem duvida a mulher mais linda que existe!" – e a beijou.
O som da coruja e da floresta eram tão distantes aquele beijo a fazia viajar, esquecer o tudo de ruim que existia.
O: "Eu amo você!"
A cigana ficou surpresa com a sinceridade daquelas palavras e se perdeu naquele olhar gentil.
E: "Não fale sobre amor, gadje!"
O: "Desculpe! Não consegui me segurar! Acho que alem do meu coração bater por você, agora ele também fala!"
Os dois jovens apaixonados sorriam e ele pegou a mão dela caminhando entre as arvores, a lua iluminava o caminho e nas partes mais densas da floresta a luz da lua parecia querer brigar com as folhas, com as sombras para iluminar os passos deles.
E: "Estamos indo para a cabana?" - perguntou curiosa.
Ofun gostava de como ela sempre questionava tudo: "Sim, mas é uma surpresa!"
E: "Não gosto de surpresas!"
O: "Dessa você irá gostar! Mas a partir daqui vai ter que confiar em mim para guiar seus passos!"
Eurielle ficou parada o olhando confusa e viu que ele puxou um lenço do bolso de sua calça.
O: "Não precisa ficar com medo. Eu vou vendar seus olhos e guiarei teus passos, eu não a deixarei se machucar"
Eurielle pareceu não concordar.
Ofun sorriu: "Você é muito desconfiada! Por favor..." – e fez uma cara triste.
Eurielle sorriu com a expressão boba dele.
Ele esticou a mão: "Confia?"
Ela respondeu sério: "Eu confio!" – e fechou os olhos.
Ele vendou os olhos dela e caminharam mais devagar, ele não a deixou se machucar.
O: "Eu vou tirar o lenço, mas não pode abrir os olhos!"
E: "Nossa! Quanto mistério!" – sorria, ele era sempre tão divertido, tão amoroso.
Ficar de olhos fechados e deixá-lo guiar foi uma das coisas mais difíceis que teve que fazer até aquele dia, mas ela aprendia a confiar nele ou melhor ela aprendia a confiar no que sentia.
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Maktub
RomanceA palavra Maktub, do árabe, significa "destino", e pode ser interpretado como "estava escrito" ou melhor, "tinha que acontecer". Eurielle ainda carrega muitas cicatrizes em sua alma, será que dessa vez com a benção do véu do esquecimento ela saberá...