Havertz decidiu ligar para o pai. Quis conferir a identidade dos policiais que os auxiliaram na saída da festa.
"Pai, houve um ataque na festa em que eu estava. Preciso confirmar uma coisa."
"Ataque? Que ataque?"
"Ligamos a televisão aqui. Parece que as duas pessoas morreram", Kai disse, tampando a boca com uma das mãos.
"O que aconteceu? Fale com calma."
"Eu e o Timo estávamos em uma festa. Ouvimos uma gritaria e as pessoas começaram a correr em direção à saída. Fizemos a mesma coisa. Foi muito rápido... um policial se aproximou e disse que era para entrarmos em uma viatura. Ele disse que te conhecia. Pediu para lhe dizer que o cabo Heinrich me mandou de volta para casa."
"Cabo Heinrich? Tem certeza disso?"
"Tenho. E o parceiro dele se chama Joe Müller."
"Vá para a casa dos pais do Timo."
"Como assim?"
"Saia daí agora."
"Estamos em perigo?"
"Não, mas vamos nos precaver."
"Eu não estou entendendo. Por que devo ir? O policial é perigoso?"
"Filho, faça o que estou lhe pedindo. Estou indo para a cidade e vou trazer você de volta para cá."
"Aachen fica longe daqui, pai."
"Kai, não questione. Por favor. Faça o que eu pedi."
"Tudo bem."
Havertz desligou a chamada e sentou-se na cama para organizar os pensamentos.
— Temos que ir para a casa dos seus pais.
— Não entendi.
— É, temos que ir para lá. Meu pai disse que vai me buscar aqui.
— Mas você acabou de chegar — Werner estava confuso.
— Eu sei. Se ele disse o que disse é porque há algum problema. Melhor irmos agora.
Kai reorganizou a mala em pouco tempo. Colocou a mochila nas costas e abriu a porta do quarto. Timo foi logo atrás. O corredor estava deserto. Foram para o elevador e desceram para a recepção. Havertz pagou a conta e pediu para que chamassem um táxi.
Eles chegaram à casa dos pais de Timo pouco tempo depois. Evelyn abriu a porta assustada. Eram quatro e meia da manhã.
— Vocês estão pálidos, o que aconteceu? — ela perguntou, com os olhos arregalados.
— Ligue o noticiário — Werner disse, pegando um copo para beber água na cozinha.
— Está tudo bem? — John apareceu, ajeitando a touca que usava para dormir.
— Kai, você vai ficar aqui? Se quiser descansar, o sofá pode se transformar em cama rapidamente.
— Obrigado, Evelyn, mas estou bem. Meu pai está vindo.
— Seu pai? — ela ficou atônita, deixando Kai e Timo sem entenderem a reação.
— Sim, ele disse que devo ir embora. Ser filho de policial pode ser muito chato às vezes.
John aumentou o volume da televisão. "Agora há pouco, o porta-voz da polícia de Stuttgart disse que um grupo de extremistas russos atacou pessoas em uma festa. O crime chocou a cidade e os suspeitos ainda podem estar nas proximidades. Temos informações de que diversas pessoas reconhecidas estavam no local, incluindo jogadores de futebol. Policiais que investigam o caso estão com as imagens das câmeras de segurança do prédio e vão analisar as gravações."
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My Brother | Kai Havertz & Timo Werner
FanfictionKai e Timo descobrem que são irmãos e que o passado deles está ligado ao Comando Rubro, um grupo que destruiu várias famílias alemãs. Eles são sobreviventes, cresceram separados e a verdade foi escondida por mais de 20 anos pelos pais para que ficas...