Novos amigos

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Timo acordou na sala e levantou-se com dor de cabeça. Kepa estava dormindo no outro sofá.

O alemão procurou por Mason em toda a casa e encontrou-o em um dos quartos, com a metade de cima do corpo deitada na cama e a outra pendendo para fora dela. Decidiu acordá-lo.

— Mais uma não! — o inglês gritou ao abrir os olhos.

— Você estava sonhando, Mount? — Werner perguntou.

— Estava. E parece que foi de verdade — ele passou as mãos nas pernas e fez uma cara de dor. — Eu dormi desse jeito mesmo?

— Não sei, procurei por você e o encontrei aqui — Timo riu.

— Acho que eu deveria ter bebido menos.

— Você não viu como o Kepa está. Parece uma múmia.

— Preciso gravar isso — Mason se levantou em um pulo e tirou o celular do bolso. Correu até a sala e o goleiro já havia acordado. — Achei que você ainda estava igual ao Tutancâmon.

— Eu já fiquei esperto com você. Jamais vou alimentar a sua galeria com palhaçadas. Que horas são? — Kepa perguntou.

— Quatro e meia da tarde — Timo respondeu, olhando o relógio.

— Uau, essa bebedeira foi das boas. Vamos repetir a dose hoje? Temos que aproveitar as férias.

— E o fígado fica como? — Mason perguntou, amarrando o moletom na cintura.

— Fica igual a um Big Mac — Kepa gargalhou.

— Ele não perde a oportunidade de fazer isso — Mount disse a Werner. — Você realmente terminou de organizar tudo aqui?

— Terminei. Já tirei tudo das caixas e guardei. O Azpilicueta foi embora?

— Foi. Eu fechei a porta para ele. E não se preocupe, o Azpi é assim mesmo. Sai de uma festa e entra em outra com a maior facilidade. Coisa de espanhol — Kepa pegou uma banana para comer. — Foi mal, mas estou com fome.

— Pode comer o que quiser, afinal, eu sou o síndico da vizinhança. — Mason olhou para Werner, que ficou sem entender. — Inclusive, acho que podíamos pedir pizza.

— Mais tarde. Tudo bem se ficarmos, Timo? — o goleiro perguntou.

— Por mim, tudo bem. Achei que ia demorar a fazer amizades aqui.

— É tudo muito fácil, cara. Nós somos legais.

— Estou vendo. Mason, o que aconteceu? — Werner perguntou, ao vê-lo assustado.

— Parece que deixamos a porta dos fundos entreaberta.

— Pelo que me lembro, eu a mantive trancada — Timo averiguou.

— Tem uma marca de mão suja de terra na porta, pelo lado de fora — Mount observou. — Vou perguntar ao Azpi.

O inglês ligou para o capitão do time. Azpilicueta disse que sequer se aproximou da porta.

— Vocês estão me assustando — Kepa parecia atordoado com aquilo. Ele olhava fixamente para os fundos da casa.

— Não aconteceu nada. Estamos bem. Levaram algo, Timo? Você deveria instalar câmeras aqui.

— Está tudo em ordem. Vou contratar alguém.

— Não deixe de fazer isso.

— Madre de Dios — o goleiro gritou, em espanhol.

My Brother | Kai Havertz & Timo WernerOnde histórias criam vida. Descubra agora