Ano Novo

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Dias depois
Noite de ano novo

A festa de ano novo também foi na casa de Mason. Ele planejou uma comemoração mais íntima somente para a família e para os amigos. Kai estava com ele para os ajustes finais.

— Timo está sozinho? — Mount perguntou, enquanto estendia uma toalha amarela sobre a mesa da sala.

— Ele foi para a casa do Kepa. Quis andar um pouco e eu o acompanhei até lá. Já não precisa tanto assim do meu apoio.

— Isso é bom! Parece que ele está melhorando rápido.

— Só o corpo, porque a mente está uma bagunça. Fizeram tanta merda com ele naquela prisão, acho que só sei de uma pequena parte do que aconteceu.

— Ele precisa de tempo para que se sinta mais confortável. Ontem eu comentei com o Chilly que você está fazendo o papel de irmão mais velho, mesmo sendo três anos mais novo — Mason riu. — Mas agora preciso perguntar algo que me preocupa... você está bem?

— No geral, estou. Timo está a salvo, mas não sei por quanto tempo as coisas continuarão como estão. Encontrei isso aqui dentro de um vaso que fica na sala da minha casa — Kai tirou o objeto do bolso e mostrou ao amigo. — É uma escuta.

— Para onde esse áudio vai?

— Não sei. Vou entregar para os seguranças descobrirem. Já estava desligado quando encontrei. Devem ter desativado remotamente. Tirei a bateria por precaução.

— E se tiver algum desses aqui? — Mason começou a olhar ao redor da sala, procurando por outro aparelho como o que Havertz mostrou. — Achei!

— Onde estava?

— Pregado atrás de um porta-retrato. Cara, isso é muito preocupante. Há quanto tempo nos ouviam?

— Impossível saber. A bateria deve durar alguns  dias. Já vi um aparelho parecido... meu pai já usou em uma investigação quando eu era mais novo. Vou levá-los para os seguranças.

Kai saiu e foi até o veículo onde os homens ficavam. Entregou os aparelhos a eles e depois avisou Kepa e Ben sobre as escutas.

— Pronto. Eles vão analisar os aparelhos para entenderem como eles funcionam. Vão ver as imagens dos sistemas de segurança das nossas casas, talvez alguém tenha aparecido. Quem ouvia, aparentemente, não está fora de um raio de dez quilômetros daqui.

— Bom, há alguns extremistas em Londres... eu vou procurar outros aparelhos aqui — Mason pensou alto. — Você avisou os caras sobre os aparelhos?

— Sim. Eles disseram que vão procurar e entregar para os seguranças.

Kai se sentiu vitorioso naquele momento, mas os extremistas já haviam removido as configurações e desativaram os aparelhos que estavam nas casas deles. Os seguranças não levaram muito tempo para descobrirem. Sem trilhas. Sem suspeitas. Ele foi avisado pelos homens e ficou desanimado.

— Eu fico impressionado com o fato de eles não desistirem nunca — Mason comentou, ao vê-lo cabisbaixo. — Pelo menos você descobriu isso e agora temos menos uma preocupação.

— Fale por você... porque se eles conseguiram entrar em nossas casas mesmo com todos os investimentos que fizemos significa que ainda estamos muito expostos. E eles sempre vão muito longe, nunca voltam atrás nas missões que os líderes dão. E tem um detalhe: eles podem ter ouvido que eu e Timo somos irmãos... isso mudaria toda a conduta deles. Antes, vinham atrás de mim por conta do meu pai, que é a chave das investigações. Agora eles devem ter mais motivos para me perseguirem e me matarem. Acho que desistiram da cordialidade de me sequestrar e já querem acabar comigo. A sabotagem no meu carro é uma prova disso.

My Brother | Kai Havertz & Timo WernerOnde histórias criam vida. Descubra agora