Mensagem

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Londres

Kai estava no avião junto com o time para uma viagem. A aeronave começou a taxiar e ele recebeu uma mensagem de áudio do pai. Ficou curioso e decidiu ouvi-la pelo fone.

"Meu filho, o departamento sofreu um ataque. Não posso dar mais detalhes agora, mas saiba que eu e sua mãe estamos bem e em segurança. Preste atenção em tudo daqui para a frente. Contrate seguranças para você e para o Timo, já que são próximos. Por favor, não entre em pânico. Vamos conversar assim que for seguro. Prometo que tudo ficará bem. Continue fazendo tudo normalmente, continue viajando, continue com os seus amigos. É o melhor a fazer agora. Por favor, não retorne essa mensagem. Entrarei em contato com você. Nós te amamos, está tudo bem conosco. Mostre esse áudio para alguém do time, caso precise de alguma explicação para os seguranças ou para qualquer outra coisa. No mais, fique bem. Fique seguro."

— Kai! — Werner o cutucou, sem resposta. — Kai!

— Oi...

— Que cara é essa?

— Aconteceu uma coisa horrível.

— O que é tão horrível assim?

Havertz entregou os fones para ele, que colocou-os em seguida. Ouviu o áudio.

— Meu Deus, nós precisamos parar esse avião agora! — Timo gritou.

— Além de tudo, agora é doido — Kepa, que estava na poltrona do outro lado do corredor, revirou os olhos.

— Cale a boca, cara. Você não sabe o que aconteceu — Werner ralhou. — O que vamos fazer?

— Seguiremos o que meu pai recomendou à risca.

— Isso é muito grave. Kai, nós vamos chegar lá e voltar. Que se dane o jogo.

— Nós vamos fazer o que o meu pai disse. Naquela noite em que houve o ataque, eu fiz exatamente o que ele pediu e tudo ficou bem. Confie nele, Timo. Vamos jogar — ele fez uma pausa. — E quando voltarmos, resolveremos o que for necessário.

— Tudo bem.

O avião decolou e Havertz viu Londres ficando para trás. Ele permaneceu olhando a paisagem até que estivesse alto o suficiente para não ver nada além das pesadas nuvens de chuva no céu.

Werner tentou distrair Kai com outros assuntos, mas não conseguiu fazê-lo desviar a atenção do celular. Desistiu depois de alguns minutos. Quando desembarcaram, Havertz não tirou os olhos da tela, esperando por uma ligação de Anthony. O hotel ficava perto, então não levou muito tempo para que se instalassem. Mason dividiria quarto com Kai, mas sugeriu trocar com Timo, que dividiria com Azpilicueta.

— Alguma notícia? — Timo perguntou ao entrar no quarto.

— Não... — Kai colocou as mãos na frente do rosto e respirou fundo.

— Ele disse que estão seguros, não é?

— Disse. Mas não sei...

— Queria poder ajudar em algo — Werner ficou desapontado.

— Você já está aqui, meu amigo. Não precisa fazer nada. Obrigado por se preocupar.

— Eu sempre vou me preocupar. Você é como o irmão que eu nunca tive.

— E você é como o meu irmão mais velho — Kai riu.

— Olha só, você riu!

— Estou com fome. Será que tem algo naquelas máquinas do lobby?

My Brother | Kai Havertz & Timo WernerOnde histórias criam vida. Descubra agora