Kai chegou à casa que escolheu meia hora mais cedo. O imóvel ficava na mesma rua em que Timo morava. Havertz selecionou aquela dentre as oito casas que um funcionário do clube o recomentou. Todas ficavam no mesmo bairro e aquilo pareceu confuso.
Ele sentou-se nos degraus que levavam à porta e aguardou pela pessoa que levaria o contrato para ser assinado. O sol tímido daquela manhã não queria sair de trás das nuvens. O tempo pedia um bom cochilo, mas o alemão tinha que resolver aquilo o quanto antes. O caminhão com a mudança estava no estacionamento do hotel e o homem que levou os pertences dele já estava impaciente, mesmo com as gratificações recebidas.
O funcionário do clube chegou com os papéis e abriu a casa para que ele pudesse conhecê-la por dentro. Kai escolheu-a por diversos motivos, mas o principal era o piano de cauda que havia de frente para a sala. O quarto também chamou a atenção dele, assim como outros cômodos da residência. Os tons sóbrios das paredes combinavam com o estilo de construção, que misturava o antigo com o contemporâneo. Ele assinou o contrato e depois de adquirir a casa, sentou-se em um dos sofás e descansou por alguns minutos.
Pegou o carro e foi para Cobham, onde estava programado mais um dia de treinamentos e uma rápida sessão de fotos. Kai não parou para olhar as redes sociais, mas conversou com o pais sobre a apresentação no dia anterior. Os Havertz estavam felizes e aliviados de verem o filho não apenas realizando um sonho, mas afastando-se dos perigos envolvendo os extremistas. A mudança seria finalizada ainda naquele dia, à tarde, no horário combinado com o homem que transportou as coisas dele.
Quando chegou ao centro de treinamento, arrumou-se, tirou as fotos e ficou aguardando os colegas de time chegarem em um dos bancos próximos ao campo.
— E aí, cara! — Mason o cumprimentou. — Comprou a casa 314, não é?
— Sim — Kai respondeu, sorridente.
— É uma bela propriedade.
— Quando vamos inaugurá-la? — Kepa perguntou, sentando-se ao lado de Havertz e cumprimentou-o em seguida.
— Podemos fazer algo quando eu me organizar. Minha cabeça está cheia.
— Fazer o quê? — Timo perguntou, aproximando-se.
— Eles querem festa na minha casa — Kai respondeu. — Tudo certo com os seus pais? Eles pareciam preocupados com você.
— Está tudo bem. Sobre a festa, teremos uma amanhã. Você e o Chilwell estão convidados.
— Eu? — Ben perguntou.
— Você, Chilly. Tem outro no time? — Mason riu.
— Estarei lá — Chilwell respondeu e fez um sinal vê com as mãos.
— Querem que eu leve algo para bebermos? — Kai perguntou.
— Mas é claro! — Kepa deu um pulo. — Quanto mais, melhor.
Havertz arregalou os olhos.
— Você vai se assustar com a quantidade que ele bebe — Mason o cutucou.
— Não quero nem ver — o alemão riu.
O treino foi até a hora do almoço. Depois da atividade prepararam-se para irem embora. Mason e Kepa voltaram juntos, mas Timo decidiu ir embora com Kai. Werner se dispôs a ajudá-lo com a mudança. Pouco mais de quarenta minutos depois, eles chegaram à casa de Timo, onde almoçaram. Quando o caminhão foi descarregado, foram para a casa de Havertz.
— Tem certeza que quer me ajudar? Eu consigo sozinho — Kai tirou duas caixas da pilha e leu as etiquetas que havia colocado para identificar o que havia dentro delas.

VOCÊ ESTÁ LENDO
My Brother | Kai Havertz & Timo Werner
FanfictionKai e Timo descobrem que são irmãos e que o passado deles está ligado ao Comando Rubro, um grupo que destruiu várias famílias alemãs. Eles são sobreviventes, cresceram separados e a verdade foi escondida por mais de 20 anos pelos pais para que ficas...