Dois dias depois
AlemanhaTimo acordou em uma cela super iluminada por um holofote, que foi colocado bem em cima de onde ele estava. Aparentemente, estava em uma prisão abandonada.. O ambiente era úmido. O estado dos tijolos que formavam as paredes era péssimo. O chão, molhado, como se água brotasse dali. Ele estava sobre um colchonete militar surrado. A cabeça doía. A porta, feita de barras de ferro, era a única forma de ver além da cela. A janela ficava próxima ao teto e ele não alcançaria.
Um homem passou e jogou um pacote de biscoitos. Vencido. Werner sentia fome, mas não comeu naquele momento. Ele buscou na memória o que poderia ter acontecido para que chegasse ali.
O holofote ofuscava a visão dele. Nem quando ficava de olhos fechados conseguia ver melhor. Acorrentaram-no à parede e prenderam um fio a uma espécie de algema em um dos pulsos dele. Respirou fundo e se manteve acordado, apesar das dores que sentia.
Um homem encapuzado entrou na cela e ficou em posição de sentido. Outro homem entrou, também encapuzado, e falou em russo. O primeiro se retirou. O homem ajustou o elo de metal no pulso direito de Werner, como se fizesse algum teste. Foi embora e girou a chave no trinco, que parecia enferrujado.
Quando Timo enfim foi vencido pelo cansaço, decidiu fechar os olhos para dormir. Ele não viu de onde, mas um jato de água o atingiu. Foi o suficiente para molhar todo o corpo dele. A água estava muito gelada e fez com que todos os músculos se retesassem. Meneou a cabeça, zonzo.
Depois de meia hora tremendo de frio, sentiu mais sono. Ao menor sinal de cochilo, mais água era jogada nele. Timo não entendeu o motivo para fazerem aquilo, mas sabia de uma coisa: não queriam que ele dormisse.
Cobham, arredores de Londres
Kai chegou para o treino meia hora antes, na esperança de esbarrar com Werner. Procurou pelo amigo, mas não o viu. Aguardaria o fim dos trabalhos para falar com ele.
Porém, Timo não apareceu pelo segundo dia seguido. Todos acharam estranho.
— Tem notícias dele? — Mason perguntou, alcançando-o no caminho até a sala de jogos, onde Havertz deixou o celular mais cedo.
— Nenhuma. Nós brigamos feio e desde então não o vi.
— Espere. Vocês brigaram?
— Sim, por conta das dúvidas que ele tem sobre os pais.
— Isso de novo? Achei que ele já tinha desistido dessa ideia.
— Eu também. Mas enfim... aconteceu — Kai deu de ombros.
— É por isso que você está cheio de hematomas no tórax e machucou o rosto, não é? Cara, todo mundo percebeu.
— Ele me detonou. Só fui capaz de dar um soco como reação.
— Timo tem mais corpo que você. Foi melhor ter feito apenas isso mesmo.
— Tinha ódio nos olhos dele, Mason. Nunca o vi daquele jeito.
— Fico chateado por isso. Vocês são melhores amigos, isso jamais deveria acontecer. Mas já que ocorreu, espero que voltem a se falar. Vai ficar bem?
— Eu estou bem. Digo, sinto uma angústia desde a madrugada de domingo, acho que aconteceu algo na investigação. Meu pai não dá notícias há dias...
— Com certeza ele só está incomunicável — Mount fez uma pausa para mudar de assunto. — Precisamos ver a questão dos seguranças. Não olhamos ontem e quanto mais adiamos, mais vocês ficam sem proteção. O que acha de irmos por volta de duas da tarde?
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My Brother | Kai Havertz & Timo Werner
FanfictionKai e Timo descobrem que são irmãos e que o passado deles está ligado ao Comando Rubro, um grupo que destruiu várias famílias alemãs. Eles são sobreviventes, cresceram separados e a verdade foi escondida por mais de 20 anos pelos pais para que ficas...