Retrocesso e triunfo

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No outro dia

Timo participou do segundo treino e se sentiu mais confortável em campo. Foi disputado um jogo de tempo único e ele entrou na metade, marcando um gol nos minutos finais. Todos comemoraram com Werner quando a atividade chegou ao fim e Kai o abraçou.

— É tão bom voltar a fazer o que amo ao lado do meu irmão.

— Esperei ansiosamente por esse dia — Havertz caminhou junto ao mais velho em direção ao vestiário.

Depois que se arrumaram para irem embora, os dois foram chamados à sala onde o técnico costumava ficar. Estranharam, pois, o clube ainda estava sem um novo treinador. Kai e Timo entraram na sala e deram de cara com Thomas Tuchel.

— Não vão se sentar? — o homem apontou para as duas cadeiras próximas a eles. — Permitam que eu pule as formalidades. Pode ser assim?

— Claro — Havertz respondeu, apreensivo.

— Conversei com o Frank antes de assinar o contrato com o time e ele me deu várias informações valiosas para começarmos os trabalhos. Claro, isso incluiu vocês. Sinto muito pelo que aconteceu e quero dizer que estou feliz com o que vi hoje.

— Frank contou tudo? — Timo ficou curioso.

— Sim. Eu acompanhei essas notícias sobre os extremistas... ainda bem que tudo se resolveu. Só quero que saibam... caso precisem de algo, estou aqui para ajudar. É normal que não se sintam muito confiantes inicialmente, então se sentirem qualquer desconforto podem me procurar. Quero que se sintam bem.

— Obrigado, Thomas — Kai o cumprimentou. — Seja bem-vindo!

— Bem-vindo! — Timo sorriu e também o cumprimentou.

— Acha que pode voltar a jogar na próxima oportunidade? — ele perguntou para Werner. — Será em dois dias.

— Creio que sim — Timo deu de ombros.

— Vou ver como será. Adoraria vê-los em campo já na minha primeira partida como treinador.

— Faremos o possível pelo time. Pode contar conosco — Havertz se levantou e o outro fez o mesmo.

— Obrigado por virem. Até amanhã — Thomas despediu-se e voltou a atenção para os papéis que estavam sobre a mesa.

Os irmãos foram para o carro. Kai dirigiu até o restaurante onde combinaram de almoçar. Depois caminharam pelas ruas e sentiram a liberdade de ver outras pessoas. Claro, sempre com três seguranças à distância. Entraram em lojas, fizeram compras e decidiram tomar sorvete. Sorvete fazia Timo lembrar da infância: nos fins de semana, Evelyn e John sempre o levavam para comer fora e tudo sempre terminava em uma sorveteria.

— Olá! Nozes com pistache, por favor — ele fez o pedido. — Está indeciso?

— Queria experimentar um sabor novo — Havertz coçou a cabeça.

— Então peça o mesmo que eu. É o meu preferido desde criança.

Kai fez o pedido e pagou pelos sorvetes. Em seguida, foram à margem do rio Tâmisa para observarem a paisagem.

My Brother | Kai Havertz & Timo WernerOnde histórias criam vida. Descubra agora