Capítulo 18

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Quésia 🌺

O sorriso que meu filho tinha no rosto não tinha preço pra mim, até secando a louça coisa que ele odeia, o sorriso estava no rosto.

- eai? - perguntei tbm sorrindo pra ele.

- ele é fantástico mãe - falou animado - e ele pode voltar a andar, a gente vai mesmo com ele né?- perguntou e eu assenti.

- vou falar com ele sobre a sua escola e tudo mais, mas vamos encaixar isso na nossa rotina - falei e ele assentiu e me deu um beijo.

- eu lembro dele, quando ele brincava comigo, me levava pra cortar o cabelo - falou olhando distante e depois me olhou - eu era muito pequeno né? - perguntou por último e eu assenti.

- mas que bom que se lembra dele - falei não tão animada dessa vez.

Se ele se lembrava do Rickelme, então poderia se lembrar dela. Sei que ela era a mãe dele, e pode ser um pouco de egoísmo da minha parte não querer que ele se lembre dela e de todo mal que ela nos fez.

- tá com essa cara por que ?- perguntou e eu neguei e forcei um sorriso e ele deu de ombros.

Terminamos a cozinha e ele correu pra sala falando que tinha muita coisa pra falar pro pai dele e eu fiquei na cozinha terminando algumas coisas. Minha mãe entrou na cozinha e deu um sorriso pra mim.

- tudo bem mesmo eles passarem a noite aqui ?- perguntei e ela assentiu.

- eu devo muito a ele, mas isso não vem ao caso, quero mesmo saber se você está bem - falou e eu olhei pra ela confusa, mas não perguntei nada.

- por momento não, mas vou ficar - falei e ela me abraçou.

- eu e seu pai estamos aqui ta ? Sempre vamos estar - falou e me deu um beijo na testa.

- eu sei que é difícil pra ele também, mas não entra na minha cabeça o porque dele se esconder esses anos todos sendo que precisávamos tanto dele - falei e ela assentiu passando as mãos no meu rosto.

- vou pedir pro seu pai pra levar o Cauã pra comer alguma coisa pra vocês ficarem sozinhos - falou me dando um último beijo e saiu da cozinha.

Fui atrás dela, mas ela saiu de casa provavelmente indo atrás do meu pai eu fui pra sala.

- sua mãe me falou oq aconteceu ontem - ouvi o Rickelme falar e me encostei no batente pra não me verem - sua mãe fez o que qualquer outra não faria, não quero que faça mais isso com ela - falou e o Cauã assentiu de cabeça baixa.

Entrei na sala de vez e me sentei ao lado do Cauã e a minha sogra.

- filho, que tal ir arrumando seu quarto ?- perguntei e ele assentiu e subiu as escadas correndo.

- não temos quarto aqui em baixo, tudo bem pra você ?- perguntei e ele assentiu - cadê minha vó ?- perguntei pra minha sogra.

- ela foi tomar um banho, estava cansada - falou e eu assenti.

- quero saber o que aconteceu- ele falou e olhamos pra ele - os meninos disseram que tava tudo resolvido já, mas quero nomes - falou e eu assenti achando justo.

- foi ela - falei e ele me olhou e com certeza soube de quem se tratava - não gosto de nem pensar nesse nome, mas foi a Paolla - falei sentindo o bolo se formar na minha garganta e vi ele fechar os punhos.

- como - perguntou sério.

- ela fez uma denúncia anônima, os meninos acham que ela tava de campana me observando e viu quando você chegou. Eles falaram com alguém e conseguiram rastrear o número, ela ainda tentou se safar falando que eu tinha feito isso pra... - não consegui terminar de falar e senti a mão da minha sogra segurar a minha.

- espero que ela esteja morta, se não eu mesmo mato - falou e eu fechei os olhos negando.

- não devíamos ter falado disso - falei e fui interrompida com meus pais e o tal de Beto entrando.

Ela foi atrás do Cauã pra eles irem tomar sorvete e ele foi todo feliz da vida, minha sogra disse que tava cansada por muitas emoções no dia e foi se deitar com a minha vó.

- você está com alguém ? - ele perguntou e eu revirei os olhos.

- tanta coisa pra gente falar e essa é sua primeira pergunta ?- falei serrando os olhos pra ele que riu.

- quero você de volta Quésia, não quero passar mais nem um minuto longe de tu - falou e eu desmontei.

- não sabe o quão difícil foi pra mim todos esses anos - falei e ele chegou mais perto.

- eu sei que foi, mas eu não queria voltar pra você assim- falou e eu neguei.

- sabe muito bem que eu não me importaria de ter você assim pro resto da vida, desde que você estivesse comigo - falei e ele pegou na minha mão.

- ainda gosta de mim?- perguntou e eu neguei.

- eu te amo mais que tudo, mas quero dar tempo ao tempo- falei e ele assentiu.

- só quero que não saia do meu lado, e me ajude a recuperar o tempo perdido - falou e eu assenti.

Me levantei para ir até a cozinha, mas assim que me virei senti ele me puxar e cai sentada de lado no colo dele. Ele me abraçou e o abracei de volta, estava com mais saudades do que eu pensei, saudade do seu cheiro, seu toque, de tudo dele.

Olhei pra ele que sorriu e eu me vi mais apaixonada do que nunca, ele tocou meu rosto e eu não aguentei e puxei ele pra um beijo. Não foi lento, nem demorado, mas sim um beijo apressado e cheio de saudades.

- sei que não vamos voltar de onde tudo começou, mas prometo que vou fazer por merecer - ele falou e voltou a me beijar.

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Louco Pra Voltar {2º Temp} [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora