ELIZABETH
Arrumamos tudo durante cinco dias. Pegamos cordas, instrumentos para escalar e aguardei o momento certo. Como sou muito esperta e sabia à hora certa de agir, um dia antes do sequestro, fui à casa dos Anthony, prestei atenção nas câmeras da casa e também queria saber como a pequena Angel estava. Enquanto ia embora, ouvi a conversa dos seguranças, dizendo que no outro dia era para fazer a manutenção das câmeras, esperei o dia da manutenção para começar meu plano.
O dia do sequestro chegou e quando saímos deixei minha mãe em casa. Acho que ela ouviu todo plano e provavelmente queria tentar impedir, mas não fez nada. Aquela velha era muito burra. Chegamos na casa dez da noite, jogamos a corda amarrada em um arpão e descemos no jardim. Vestimos roupas pretas e capuz para ninguém nos ver. Quando passamos o jardim conseguimos entrar na casa, caminhamos nos corredores até o quarto dos pais da Angel.
Olhei atentamente para eles que dormiam profundamente. Angel estava no berço dormindo. Me encantei com ela e isso alimentou ainda mais minha vontade de sequestra-a. Demoramos menos de dez minutos. Antes de pegar a menina, Alfred pediu para eu desistir daquele plano maluco, mas eu peguei e à coloquei entre lençóis. Voltamos pelo mesmo caminho que viemos, meu marido desenrolou a corda porque eu estava com a Angel no colo, guardamos tudo e voltamos para casa.
Chegamos as onze da noite e dormi.
MARIA
Minha filha fez uma coisa absurda, queria saber até onde ia sua ganância. Naquela noite não conseguia dormir, esperei todos dormirem e percebi que precisava ajudar aquele bebê, se eu voltasse ela para a casa de seus pais era provável que minha filha faria a mesma coisa, ou até pior.
Então a peguei e a enrolei em lençóis para proteger a pequena do frio. Sai de casa correndo, fui na casa do meu vizinho que era um grande amigo meu e pedi ajuda.
– Robson me ajuda, você é o único em quem confio, preciso de um lugar para esconder.
– Esconder o quê? É alguma coisa importante?
– É ela.
Quando apresentei a menina para Robson ele ficou um pouco assustado.
– De quem é esse bebê?
– Da família Anthony, mas não posso devolvê-la, corre risco de acontecer algo ruim, uma pessoa quer fazer mal a ela, o que faço?
– Já que acha arriscado devolvê-la, tenho uma ideia. – Foi no seu cofre particular. – Leve-a para longe, para não acontecer nenhum mal a ela. Pegue esse dinheiro e vá.
– Eu agradeço meu amigo, terei uma dívida com você.
– Pegue o próximo voo para os Estados Unidos, é um ótimo país, mas deixa ela assim que desembargar e em um local seguro. Lembre-se, ela é apenas um bebê.
– Obrigado meu amigo, vou te recompensar um dia.
– Esperarei sua recompensa ansioso. – Ele olha nos fundos dos meus olhos.
Aquele rapaz tinha idade de ser meu filho, mas sabia que gostava de mim.
Paguei a passagem para os Estados Unidos, peguei o último voo que era meia-noite e trinta, achei que seria melhor mandar a menina para outro continente. Alguém pode perguntar como consegui passar com a pequena, foi fácil. Disse que era avó dela.
Elizabeth é uma mulher fria e cruel que só pensa nela. Mesmo sendo minha filha, nunca apoiei as coisas que fazia, não quero nem pensar no que ela fará quando perceber que a criança não está em casa.
Queria tanto que minha filha tentasse vencer na vida honestamente, nem sei como o Alfred gostou dela, na verdade não sei como ela conseguiu gostar dele, eles são diferentes demais. Parece que foi tirado de outro mundo, que homem doce.
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ANGEL
RomanceO amor de uma mãe é mais forte do que qualquer coisa no mundo A esperança é forte e ela foi a única que se manteve viva durante 19 anos O amor, pode ser doloroso