1998
Alguns anos se passaram e cada dia, Angel crescia linda, graciosa, humilde e sempre sorridente. Max era o irmão mais velho, depois da escola ia para a companhia ver como seu pai trabalhava e também ensaiava. O garoto se apaixonou pela dança ainda criança.
Max era apaixonado por ballet desde pequeno, amava dançar.
Infelizmente, por causa de pessoas com a mente fechada, na escola sofria bullying por ser dançarino e isso fez ser um menino de temperamento agressivo. Os meninos da escola o chamavam de BONEQUINHA.
Quando Angel chegava da escola, encontrava sua mãe na cozinha, olhava ela cozinhar e arrumar a casa. Gostava de ajudar brincando que estava varrendo a casa. Ela nunca tinha ido ao trabalho do pai e sempre guardou curiosidade de saber no que o pai trabalhava. Tinha apenas cinco anos e sempre fazia a alegria da casa. Angel se tornou uma linda menininha de pele branca, cabelos ruivos, olhos verdes floresta e lábios rosados.
Nesse dia Max brigou na escola, porque não aguentou os meninos ficarem zombando dele, o diretor da escola chamou sua mãe para ir à escola. Chegando à escola o diretor explicou a situação.
– Senhora Sophia, seu filho brigou com os meninos da sala dele dentro do banheiro, seu filho machucou um colega. – Disse Kalebe.
– Meu filho por que você fez isso?
– Eles me chamaram de bonequinha, já estava cansado de ficarem zombando da minha cara, não é da conta deles se gosta de dançar ou não.
– Diretor eu não sabia que meu filho sofria de preconceito aqui na escola por ser dançarino, por que nunca me disse filho?
– Não queria que a senhora soubesse.
– Max, se você tivesse contado antes poderíamos ter evitado essa briga.
– Ele mereceu.
– Filho isso não ajuda em nada, não foi assim que te eduquei. – Ela olhou para o diretor. – Senhor diretor, meu filho não tem culpa de dançar balé quero que castigue esses meninos.
– Não posso fazer isso.
– Você pode sim, você é ou não diretor?
– Sou.
– Então faça com o que mereça esse título, vamos filho.
Kalebe ficou sem palavras ao ver a autoridade daquela mulher. Mostrando ser um homem de pulso firme foi na sala dos meninos e deu o castigo.
MAX
Dar uma surra naqueles meninos foi muito bom, eu os detestava ficarem me enchendo a paciência, no dia da briga levei um estilete pra escola, fui ao banheiro e cortei o braço do Douglas, não aguentava mais falar de mim. Mamãe me corrigiu, ela estava certa, mas isso não muda o que ele fez comigo. Em um dia de aula ele me trancou dentro do banheiro durante dois horários de aula, não aguentei tanta pressão, por isso, fiz o que fiz e não me arrependo.
Desde de que entrei na escola é o mesmo tormento todo dia. Já me xingaram, me trancaram no banheiro, jogava minha comida no chão e já fizeram ficar depois da aula falando que peguei os livros do armário do diretor e ele acreditou. Cansei, tudo tem limite. Queria socar a cara daqueles patetas, assim eles iriam ver o que é bom.
O que me deixava mais triste era de saber que todos eram assim porque eu dançava ballet, amo o que faço e não tenho vergonha.
Sophia pegou na mão de Max, saíram da sala e foram para casa. Durante o caminho, Max foi calado, encostou a cabeça na porta e ficou olhando para fora. Sophia sabia que seu filho queria desabafar.
– Filho, quer conversar com a mamãe sobre o que aconteceu?
– Só queria que eles me deixassem paz.
– Entendo querido, mas partir para a violência não é o certo. Lembra aquele dia que estava voltando com você pra casa e passou um homem na nossa frente.
– Lembro! – Olhou para sua mãe.
– Pois então, aquele homem quase bateu no nosso carro, fiquei nervosa, mas não bati nele. Nem tudo se resolveu batendo.
– Desculpa mamãe!
– Claro que desculpo meu menino, mas seu pai precisa saber disso.
Mesmo levando uma bronca, Max ficou feliz em saber que sua mãe estava sempre ao seu lado. Deu um beijo na bochecha dela e seguiram o caminho para casa. Sophia acreditava que tudo conversado fica entendido.
O diretor castigou os meninos os deixando depois da aula.
Sempre que Tom chegava, Angel pulava nele e dava um enorme abraço, dizia a mesma coisa.
– Você é o melhor pai do mundo.
Porém, nesse dia, ela mudou as palavras já estava grandinha e como sempre foi muito curiosa, queria saber onde o pai trabalhava.
– Papai eu quero ver o seu trabalho, pode?
Tom deu um abraço em Angel e disse.
– Claro filha, amanhã o papai te leva no trabalho.
Todos amaram a ideia.
Sophia tinha olhos castanhos, pele negra, era baixinha tinha 1,55 de altura, temperamento calmo e sempre andava sorridente.
Sentaram à mesa e jantaram. Sophia juntou os pratos e Angel os copos de plástico. Angel era muito amorosa, antes de dormir deu um beijo na sua mãe e outro beijo no seu pai, chamou seu irmão para dormir perto dela, mas ele disse que iria depois. Por ficar esperando seu irmão, Angel adormeceu. Enquanto isso na sala de jantar, Sophia, Tom e Max conversavam sobre a briga do filho na escola.
– Amor sabia que nosso filho sofre preconceito na escola?
– Não! - Ele olhou para o Max. – Filho, por que nunca me disse?
– Tinha vergonha e não queria tomar bronca.
– Do que estavam te chamando?
– Bonequinha.
– Falei com o diretor para corrigir os meninos que fizeram isso com o nosso filho. – Falou Sophia.
– E ele deu?
– Não sei, mas espero que sim... Filho vá dormir, amanhã tem escola.
– Está bem, beijo mãe, beijo pai, amo vocês.
Max se levantou da mesa, escovou os dentes e foi dormir no quarto da Angel – ele fazia isso com frequência. Sophia e Tom arrumaram o pano que cobria a mesa, escovaram os dentes, trocaram suas roupas e foram se deitar. Dentro do quarto, Tom passou as mãos nos braços da esposa dizendo.
– As crianças dormiram, ainda estamos acordados, quer uma massagem?
Sophia se virou de frente a ele e perguntou.
– Vai ser apenas massagem?
– Isso é você decide minha linda.
Tom tirou a camisola da Sophia, tirou também suas roupas, se deitaram na cama e fizeram amor.
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ANGEL
RomanceO amor de uma mãe é mais forte do que qualquer coisa no mundo A esperança é forte e ela foi a única que se manteve viva durante 19 anos O amor, pode ser doloroso