Capítulo 33

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Ver ele sair me entristeceu e parei de dançar na mesma hora – achei que tinha ido embora por minha causa, pois saiu correndo quando recebeu a mensagem e olhou pra mim.

Max tentou me animar, mas não conseguiu. Era por volta das quatro e quarenta e seis da tarde quando fui pra casa, pedi papai para ir embora, ele viu que eu estava triste e deixou. Troquei de roupa arrumei minha mochila e fui embora andando.

Quando deu cinco e vinte da tarde cheguei em casa. Coloquei minha mochila em cima da mesa e fui para meu quarto. Deitei na cama e fiquei olhando para o teto. Levantei, peguei um caderno em minha bolsa e voltei para o quarto. Sentei na cama, abri o caderno e peguei a carta que estava na parte de trás do caderno. Abri o envelope, puxei a carta e comecei a ler o que estava escrito:

"Eduardo, eu sei que mal nos conhecemos, mas quero dizer que desde o primeiro momento que te vi, senti que você é o homem que sonhei. Meu coração fica muito feliz quando chego na companhia e está lá. Conto as horas no curso para te ver, eu sei que você talvez não sinta nada por mim, mas quero dizer que acho que te amo, não teria coragem de te falar isso então preferi escrever.

Com amor Angel".

***

Enquanto isso na companhia Eduardo chega empolgado chamando pelo Tom.

– Tom, cadê a Angel?

– Foi pra casa, parecia estar triste, fez algo com minha filha?

– Não senhor, fui buscar a surpresa dela.

– Que surpresa?

– Comprei um carro para ela.

Tom engasgou com o ar, recuperou o folego e exclamou com os olhos arregalados.

– Mas a Angel não dirige!

– Se o senhor me permitir eu pago a autoescola para ela.

– Pode deixar Edu eu disse a ela que faria isso.

– Tom, eu posso entregar a surpresa para ela quando vocês estiverem em casa?

– Pode, isso vai anima-la.

Tom lhe deu as costas e foi para seu escritório.

EDUARDO

Foi mais fácil do que pensei que seria, enrolar aquele velhote bobo do Tom. Tive que gastar um pouco do meu dinheiro, mas tudo seria como uma recompensa no final. Pegar a doce menina, Angel. Até o nome dela era fofo e bobo, hahaha. Aquela menina estava no papo.

ANGEL

Seis da tarde, papai e Max saíram da companhia, trancaram os portões e foram para casa. Abriram a porta e me viram no sofá assistindo ao filme SIMPLESMENTE ACONTECE de 2014. Max me abraçou com carinho. Enxuguei as lágrimas, dei um sorriso forçado, voltei para o quarto e fechei a porta. Queria ficar sozinha.

Papai ficou triste ao me ver deprimida e quis conversar. Foi até o quarto e bateu à porta. De início não quis abrir, mas ele insistiu. Ao abrir, ele viu que o meu notebook estava com uma foto do Edu no papel de parede. Nos sentamos na cama, ele me abraçou e começou a falar.

– Filha o que aconteceu?

– Pai o Edu não gosta de mim, hoje ele saiu correndo da companhia com tanta pressa, deve que percebeu que não gostava de mim e foi embora.

– Filha fica tranquila, ele vai mostrar que gosta de você é só esperar.

Quando papai terminou de falar, ouvimos uma buzina. Ele levantou, saiu do quarto e foi para fora de casa ver o que era. Abri a porta e vi um Fusion preto parado com Edu encostado nele, papai me chamou com empolgação. Enxuguei as lágrimas e fui para fora. Max estava na sala e também foi. Ao sair ficamos surpresos, Edu chegou perto de mim e entregou a chave do carro na minha mão.

– Essa era a surpresa que tinha falado.

– Edu é pra mim?

– Claro que sim, por isso sai da companhia mais cedo, tinha que pegá-lo.

– Pensei que fosse outra coisa, mas eu não sei dirigir.

– Seu pai disse que ia pagar para você... Angel é impressão minha ou você estava chorando?

Max muito atrevido entrou na conversa.

– Claro que estava, ela viu que você só estava brincando.

– Não, eu não fiz nada disso, só queria fazer uma surpresa. – Disse Eduardo.

– Mas agora é tarde ela não gosta de você, vai embora.

Não gostei do jeito que meu irmão falou e reclamei.

– Max quem cuida da minha vida sou eu... Se me derem licença quero conversar com Edu sozinha.

– Claro querida, vamos entrar Max, agora!

Eles entraram. Eu e Edu ficamos do lado de fora, fomos a praça que tinha perto da casa e conversamos.

– Edu preciso te contar uma coisa.

– Deixa-me falar primeiro... – Segurou minhas mãos – ..., tem quase um mês que te conheço, mas desde o primeiro dia que te vi, meu coração acendeu um amor enorme por você, não consigo parar de pensar no dia que dançamos juntos, no dia que fomos tomar sorvete, no dia que nos conhecemos... não paro de pensar em seu rosto, seus olhos – desviou o olhar para minha boca – ...sua boca,... – voltou olhar para meus olhos – ... se não quiser nada comigo eu entendo, mas se quiser não esperarei completar dezenove anos, agora mesmo irei até seu pai e te pedirei em namoro, pois eu amo você Angel, como nunca amei ninguém, nunca senti por ninguém o que sinto por você.

Ao ouvir essas palavras os meus olhos brilharam e eu o abraçou muito forte.

– Edu eu também te amo.

Ele se levantou do banco, segurou a minha mão e me impulsionou a levantar. Deu um beijo na minha testa e formos para minha casa de mãos dadas. Abri a porta e vi meu pai sentado no sofá junto com Max assistindo o canal de esportes. Com um pouco de medo, Edu chamou papai, ele se virou, viu que estávamos de mãos dadas e perguntou.

– O que foi Edu?

– Senhor Tom queria pedir sua permissão para namorar sua filha.

– Hum, sabia que você não ia esperar até ela completar dezenove anos.

– Senhor Tom, tenho sua permissão?

– Claro que tem, minha filha aparentemente te ama e vejo que você à ama também.

Max ficou furioso quando ouviu a conversa.

– Pai o senhor vai deixar esse "mauricinho" namorar a Angel?

– Vou, algum problema?

– Pai ele não é homem para ela.

– Isso quem decide sou eu, agora deixa de bobeira.

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