Capítulo 17

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Os verdadeiros pais da Angel não sabiam o que fazer, já estava procurando a filha há cinco anos. Marta chorava querendo a filha de volta – as lágrimas não saiam mais com frequência, pois se acostumou com a dor. Jonny tentava consolá-la, mas era quase impossível, pois a saudade que ela sentia era grande.

A maior parte da infância da Angel, Marta já havia perdido. Sua tristeza era tão grande que nem queria ir a empresa, só ia quando era extremamente necessário. Os funcionários da casa já estavam preocupados, tinham medo de que Marta não aguentasse a saudade.

Marta precisou passar por seções de terapia e psicólogo. Infelizmente ela foi diagnosticada com depressão e crise de ansiedade.

Muito sofrimento foi sentido durante muito tempo, foi neste tempo que Jonny teve uma ideia. Ele tinha medo de Marta atentar contra a própria vida, já que havia feito isso antes. O medo era de a tentativa dar certo.

– Marta tive uma ideia. – Ele fala se virando para ela. – Não quero que leve a mal, eu sei que você nunca vai esquecê-la e essa dor jamais vai diminuir; mas podemos tentar ter outro filho.

– Outro filho? - Marta o encara. – Outro filho? – Volta a chorar. – Ninguém vai substituir minha Angel, outro filho não vai substituí-la...

– Eu sei meu amor. – Ele a interrompe, envolvendo-a em seus braços. – Mas, pelo menos, vai amenizar nossa dor de ter a perdido e também poderá amar a criança na mesma intensidade que amou a Angel.

– Tudo bem, vamos ter outro filho e ele será amado.

Um dia, depois de terminar seus afazeres em casa, Elizabeth se lembrou da família Anthony e teve uma ideia na qual compartilhou com seu marido. Ela sabia onde Angel estava, mas não podia ir atrás dela por nunca ter dinheiro suficiente para sair de Paris. Além de gananciosa, gostava de gastar tudo em excesso.

– Meu amor. – Fala indo chegando perto de Alfred. – Vamos virar amigos da família Anthony e depois que ganharmos sua confiança, pediremos dinheiro pra viajarmos e então pegaremos a Angel de volta. O que você acha?

– Eu acho. - Alfred fala se virando para ela. - Que você tem muitas ideias, mas... Você não acha que já passou da hora de esquecer desta história de ficar rica à custa dos outros? Olha o que isso te trouxe até agora, você matou sua própria mãe por causa de dinheiro e tirou uma inocente da própria mãe...

– PODE PARAR. – Elizabeth grita fulminando de raiva. – Nunca gostei da minha mãe e sempre quisemos ter filhos não é verdade? – Alfred acena com a cabeça confirmando. – Então, vai me ajudar?

– Vou. – Alfred responde virando o rosto para que sua mulher não visse a decepção em seu olhar. – Só porque te amo, mas, na verdade, acho isso loucura total.

Naquele mesmo dia eles foram até a casa dos Anthony, tocaram a companhia e foram recebidos pelo mordomo, na qual os dirigiu até o jardim onde Marta e Jonny estavam passando a tarde.

– Minha senhora, meu senhor. – Ela o cumprimenta com um sorrisinho. – Me chamo Elizabeth uma das enfermeiras....

– Olá. - Marta fala se animando. – Veio me ajudar com o sumiço da minha filha?

– Senhora, não sei nada da sua filha. – Elizabeth fala formando uma resposta mais exata. – No dia que nasceu ela era tão linda...

– Então o que você veio fazer aqui? – Marta a interrompe fitando-a.

– Oferecer minha amizade e meu esforço para ajudar encontrar sua filha. – Elizabeth falando num tom persuasivo.

– Toda ajuda é bem-vinda. – Marta fala animada. – Sente-se e tome um pouco de suco. – Oferece apontando para sentar-se do seu lado.

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