Capítulo 30

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ANGEL

Treinava de segunda a sexta e descansava nos fins de semana, assim não ficava arrebentada. Em um domingo, estava em casa, lembrando da dança com Edu enquanto arrumava o almoço. Após terminar, todos comemos. Normalmente eu falava feito uma tagarela enquanto comia, mas neste dia, fiquei calada, viajando meus pensamentos mais inocentes e lindos, cheguei a fechar os olhos de tão contente que era os pensamentos. Após terminar, Max me ajudou a lavar a louça. Curioso perguntou.

– Angel está tudo bem? Parece estar no mundo da lua.

– Mano, acho que estou gostando do Edu.

– Mas você conhece ele tem só duas semanas e já gosta?

– Eu senti que ele é o homem que quero, quando dançamos juntos. – Rodopiei. – Foi perfeito!

– Não vou deixar você namorar ele.

– Max quem tem que decidir isso é o papai, sei que quer me proteger de tudo, mas preciso tomar minhas próprias decisões.

– Pensa bem, ele é mauricinho, metido, não tem nada a ver com você.

Nessa hora papai entrou na cozinha e ouviu o que Max disse, mas deixou quieto. Pedi ao papai as chaves da companhia, pois queria dançar um pouco, distrair a cabeça. Ele me entregou, em seguida peguei minha mochila e fui.

Durante minha ida, Edu passou de carro perto da companhia e me viu entrar. Ele quis saber o que eu faria, estacionou o carro perto da porta e entrou na companhia. Quando chegou na sala de treinos me viu dançando QUEBRA NOZES e gostou. Na hora que parei de dançar, ele aplaudiu.

– Bravo, bravo, linda como sempre!

– Você viu?

– Claro que sim, você dança muito bem, lindamente bem.

– Obrigada, o que faz aqui?

– Vi você entrando e imaginei se queria companhia para mais uma dança?

– Quero.

Ele colocou a mesma música e começamos a dançar.

Meus olhos estavam brilhantes como noite de lua cheia. Paramos de dançar e olhamos dentro dos olhos um do outro profundamente. Edu passou a mão no meu rosto de forma carinhosa. Ao terminar, juntei meus pertences na mochila para sair e quando saímos ele me ofereceu carona para casa, aceitei toda empolgada. Ao descer do carro Edu fez seu gesto de cavalheirismo. Abriu a porta para mim e beijou minha mão.

– Boa noite anjo, te vejo amanhã?

– Claro, até amanhã Edu.

– Até amanhã, linda Angel.

No outro dia de manhã acordei as seis e trinta da manhã como de costume, fiz o café, fui até a padaria e comprei pão. Voltei para casa, acordei Max e papai. Os dois levantaram, arrumaram suas camas, lavaram o rosto, fizeram suas higienes pessoais matinais e foram à cozinha. Durante o café papai percebeu que eu estava distraída, mas não puxou assunto. Eles foram para a companhia e eu para o curso.

***

Tom e Max abriram a companhia e foram ao escritório. Depois as alunas chegaram e começaram ensaiar para mais um dia de teste.

Enquanto Tom observava as meninas treinarem, Cassio e Edu chegaram. Eles apertaram as mãos e se abraçaram. Cassio e Tom eram amigos desde antes Edu nascer, Tom sabia de um segredo do amigo que poderia acabar com seu casamento. No passado Cassio traiu sua esposa.

Edu procurou por Angel e o pai dela percebeu. Ele falou para Edu que Angel só chegava depois do meio-dia, pois era a hora que saía do curso. Sabendo disso fez um pedido.

– Tom com a sua permissão posso buscar Angel no curso?

– Pode, mas tome cuidado... Edu quero falar uma coisa com você em particular, será que podemos ir ao meu escritório?

Eles subiram as escadas e entraram na sala. Tom fechou as janelas, sentou em sua cadeira e olhou dentro dos olhos de Eduardo perguntando.

– Já percebi que você está interessado na minha filha, quais suas intenções com ela rapaz?

– Senhor Tom, respeito sua filha, sei que ela é nova, mas minhas intenções são boas. Me encantei com a beleza dela, vejo que é uma ótima pessoa... sei que está cedo para pedi-la em namoro, mas queria muito namorar sua filha, só farei isso com a sua permissão.

– Rapaz, eu permito você namorar minha filha, mas espere ela completar dezenove anos. Ainda vejo ela como minha menininha.

– Agradeço ao senhor... Eu sei que hoje é segunda, mas posso levar sua filha na praça perto da sua casa para conversar?

– Pode levar até para tomar sorvete, mas não tente nada entendeu? Nada de mão boba, carinhos em lugares que não precisam acariciar, coisas assim, entendeu Edu?

– Sim senhor, obrigado.

Ninguém sabia da verdadeira índole do Eduardo, por fora parecia ser um rapaz bonito e gentil, mas por dentro era um homem arrogante e ignorante.

EDUARDO

Ter a autorização do Tom para namorar a Angel fez meu coração se encher de alegria e meu pênis de tesão, eu gostava dela e sentia forte desejo sexual também, ela parecia uma ninfeta. O Max parecia não gostar muito de mim, mas o problema não era meu, teria que me aguentar porque em pouco tempo eu namoraria com a irmã dele.

Me dava pena em saber que ele amava a irmão além do normal, os olhares que ele lançava para a Angel me deixava com um pouco de ciúme, mas eu sei que o coração da Angel era meu e quem ia ter o privilégio de ficar com ela ia ser eu, por isso, ficava despreocupado. Ia ser questão de tempo até tê-la na minha cama.

MAX

Odiava o Edu com as minhas forças, eu não aguentava ver ele lançando aqueles olhares safados pra minha irmã. Tenho certeza que ele só quer fazer uma coisa, pegar a minha irmã e transar. Edu tem alguma coisa que não gosto, ele não é o que mostra ser, paga de "santinho", mas no fundo deve ser um esnobe completo, um menino que provavelmente deve ser mimado desde o berço.

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