1. Romênia

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Oi, escrevendo essa fic
a pedido de uma amiga. 
Te amo flor ♥️

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JULIETTE POV's
Para o aeroporto por favor! -disse ao entrar no táxi.

3 horas da manhã agora, mal consegui me despedir do Brasil. Talvez não um "adeus", mas com certeza um "até algum dia".
Destino: Romênia. Pois é, longe o bastante para sentir falta até da poluição e o trânsito rotineiros do meu país maravilhoso.

Pouco mais de um mês atrás, me demiti. Não que fosse surpresa para alguém, a minha insatisfação em trabalhar para a grande veterinária Lumena Aleluia. E apesar de ter aprendido muito, sua arrogância faz com que sua equipe se demita quase que diariamente. Não foi diferente comigo.

Dona Fátima, mainha, me ligou dizendo ter me indicado para um emprego lá onde ela trabalha. Nunca fui chegada em saber sobre essa fazenda ou sei lá o que é, aquele fim de mundo que ela chama de lar. Odeio o fato daquele lugar ter levado minha mãe para tão longe de mim. Romênia, quem mora na Romênia???

Salário alto e com acomodação privada, dizia minha mãe repetidas vezes tentando me convencer a viajar. Mal sabia ela que eu já havia topado só pelos simples fato de poder ficar perto daquela coisa dramática que eu chamo de mãe.

—Mãe eu já estou a caminho do aeroporto! -digo tentando tranquiliza-la, que chega a estar ofegante no telefone.

—Você pegou tudo Juliette? Tem certeza que não esqueceu nada? -diz ela eufórica e rio.

—Já disse que está tudo nos conformes, que horas são aí? -tento mudar o assunto.

—Nove e pouco, filha meu amor, tem certeza que vai vir de avião? -ela responde rápido logo voltando com sua preocupação excessiva.

—Quer que eu vá como dona Fátima? Andando? -questiono rindo e ouço um suspiro de reprovação vindo dela. —Nem bufa não, deixa de ser paranóica mainha, se o avião cair você vai achar que a culpa foi sua!

—Belo jeito de tranquilizar uma mãe preocupada! -diz irônica

—Cheguei no aeroporto, vou desligar, beijo meu amor, te vejo a noite! -ia desligar o celular mas ouvi seu grito histérico .

—A NOITE? -esbravejou me deixando levemente surda de um ouvido.

—Obrigada, fica com o troco! -entreguei o dinheiro ao motorista após descer do carro, com minhas malas já na calçada em frente à entrada do aeroporto. —Calma mãe, a noite ué, a senhora quer que eu desembarque e já caia aí na fazenda? -questiono

—Sim, e não é uma fazenda, é um Haras! -me corrigiu e senti um tom de frustração em sua voz. —Eu queria lhe ver logo Juliette.

—Eu sei mãe, mas se é para trabalhar, que eu chegue no horário combinado, 20:30, nem um minuto a mais nem um a menos. E outra, temos muito tempo para matar a saudade, ou a senhora vai se mudar para um país ainda mais distante quando eu chegar? -questiono e logo me arrependo pela alfinetada que acabei lhe dando.

—Ok filha -bufou vencida. —Vou avisar seu Jorge que chegará a noite!

—Sobre isso, a senhora pode não espalhar para todo mundo que sou sua filha? -pergunto receosa com medo de sua interpretação.

—Vergonha de sua mãe Juliette Freire?

—Jamais. Só não quero que as pessoas me odeiem ou me amem antecipadamente, pelo simples fato de eu ser uma conhecida! -explico.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora