5. Sexy

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Oi lindas,
Segue mais um cap.

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TRÊS SEMANA DEPOIS...

JULIETTE POV's
Minha estadia aqui tem sido perfeita eu diria. Todos os funcionários são animados e educados. Lucas anima todas as minhas manhãs com sua cantoria. Thales, o motorista, criou uma playlist com as músicas que mais gosto. Thaís e Carla viraram minhas amigas inseparáveis. Gil nem se compara, um amor em pessoa. E Sarah... bom, Sarah tem sido gentil. E ser gentil eu quero dizer que ela finge que não existo. O que na verdade tem sido a melhor coisa. Não discutimos, não nos estranhamos. Apenas vivendo no mesmo ambiente.

Agora passam das 4 da manhã e eu perdi o sono. Estamos quase em dezembro e além de ser a época que mais amo no mundo, este ano ainda vou poder ver neve. Agora está fazendo 5 graus lá fora e estou tomando coragem para me atrever a sair desse quarto com aquecedor.

E apesar da preguiça, eu amo a cidade, o clima e a elegância que o frio traz. Já vestida, agora com uma calça preta agarrada ao corpo e uma bota de cano médio revestida de couro. Além de uma blusa de gola alta e um casaco longo de inverno que vinha até minha coxa.
Preparei o café e deixei a mesa arrumada. Sai pela propriedade. Apesar da neve ainda não ter chegado, o clima já era daqueles de filmes...

—Ju? -ouço a voz de Lucas ao chegar no estábulo.

—Oi menino, ja ta de pé? -questiono lhe cumprimentando.

—Eu que te pergunto. Madrugou?

—Perdi o sono. Mas é você, nesse frio aqui, ja trabalhando? -pergunto enquanto ele mexe nos equipamentos.

—Tenho que deixar tudo pronto para o treino da manhã. -explica.
—Porque não vai cavalgar um pouco? -ele pergunta.

—Eu?? -rio. —Mal sei andar, vivo tropeçando, agora imagina em cima de um animal enorme desses. Nem morta. -rio.

—Uma veterinária com medo de cavalo? Estou impressionado. -ele brinca.

—Posso tratar deles aqui do chão. -falo e Lucas ri.

—Não sente vontade de montar? Nem um pouquinho? -pergunta.

—Sentir vontade, até sinto. Mas eu nunca nem andei naqueles carrosséis de parques de diversão, quem dirá um cavalo de verdade...

—Devia experimentar, todos aqui montam. Inclusive tem uma data que comemoramos, onde todos os funcionários montam nos cavalos e dão duas voltas na pista. É uma forma que seu Jorge arranjou de homenagear a falecida esposa. -diz ele.

—Você conheceu dona Abadia? -questiono.

—Ela me tirou das ruas lá no Brasil. Cuidou de mim. E me trouxe com meu pai aqui para Romênia. Aí meu pai faleceu e agora assumo o trabalho dele.

—Sinto muito.

—Obrigado. Dona Abadia era uma mulher excepcional, devo tudo a ela. -diz ele olhando para o céu. —Ela e meu pai.

—Sarah era próxima da mãe? -questiono.

—Não existia uma sem a outra. Sarah tia orgulho nos olhos quando estava com a mãe, que sempre a ensinou o verdadeiro significado de humildade. Dona Abadia era aquelas mãe babonas que fazia questão de dizer para Deus e o mundo o quão a filha era especial. -Lucas conta a história com um sorriso no rosto.
—Quando Abadia faleceu, Sarah tinha 15 anos, eu me lembro, ela disse assim "você vai estar perto dela agora". Essa frase me marcou muito, mas nunca entendi o porque, mas sei que significa muito para Sarah.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora