Lua - Sariette

28. Pesadelo.

Obrigada pelos 12k de leituras lindas, amo vocês.

Não me matem, beijos 😘

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SARAH POV's

Saudades de você! Com os olhos fechados, enxergo o seu lindo rosto, apesar do sono profundo, imagino e sinto o calor do seu abraço e penso em tudo o que ainda queria viver ao seu lado.

"Meus sentimentos"

Um sorriso, uma voz, uma presença. Alguém que ilumina tudo e todos. O cheiro das flores me lembram a morte, me lembram saudade, me lembram dor. O ar gélido me causa tristeza, nem o clima é confortante quando sei que não te verei mais. A saudade dói e machuca, mas também alimenta os bons sentimentos do querer eterno. Eternas serão as lembranças, que enraizadas ficarão na memória, sem se despedir muita gente simplesmente vai em bora. As melhores viagens que existem, só deixam saudades quando são feitas sem retorno.

"Conte comigo para o que precisar"

Você era minha rotina, meu tédio, meu sorriso, meu Porto Seguro, minha segurança, minha lembrança. Quando se tira sol de alguém, o que sobra é o escuro, o tenebroso o indiferente. Pior que sentir-se triste, é não sentir nada, o vazio consome aquilo que por dentro te rasgava.

"Como você está?"

O olhar cansado e perdido é reflexo de uma despedida não feita, de uma partida rápida demais, de um adeus sem aviso, de um até logo que nunca mais voltou. Dizer adeus sem saber que é a última vez machuca, mas o que seria diferente? Um abraço mais forte? Um choro doloroso? Talvez sorrir casualmente seja mais adequado. Despedidas deveriam ser alegres, ir embora não quer dizer esquecer, ir embora é agradecer o ja vivido.

"Sinto muito"

Justo ou não, faz parte da vida. Faz parte da dor, faz parte do destino. Culpa. Culpa de quem? Sua? Minha? Quem seria culpado de destruir a si mesmo? Destruir o outro? Destruir a todos? Culpa, culpa, culpa. É nisso que acredita? É nisso que se apoia? A dor da saudade não basta, apoiar-se em uma nova dor é consequência da dúvida. Quem é culpado?

Eu.

"A caneta mudará minha vida
Com o verso escrito no papel
E o beat que encaixa com a rima
Quem me abraçou hoje, foi o papai do céu"

O poema estava lá, marcado na lápide.

Alguns sorriam felizes, alguns sorriam comovidos, mas o meu olhar era no horizonte, a esperança de vê-lo caminhar em nossa direção. O orador poderia dizer por horas, um segundo se quer lhe dei atenção.
Fui abraçada, aconselhada, amada e consolada. Mas a questão é não querer estar lá, é querer fugir, esquecer o dia de hoje, esquecer que um dia pude ou poderia estar mais desolada.

—Você está bem? -a voz era carregada de aflição, tensa e trêmula como eu me sentia por dentro. Apesar de estar com os olhos abertos, eu não enxergava nada. —Sarah? -me chamavam. —Quer sentar? -queriam ser meu apoio. —Quer ir em bora? -queriam me ver bem.

—Eu quero justiça. -primeira frase depois de horas em silêncio. Podia estar destruída, cansada, triste, sem chão e até deprimida, mas o que consegue consumir todo esse sentimento de autodestruição, é a raiva. Raiva de saber que não foi algo planejado por Deus, isso se ele existir mesmo. Queria justiça.

Para piorar, existem pessoas tão sem noção quanto o destino. Flashes, câmeras, perguntas. Perguntas invasivas, perguntas destruidoras, perguntas insensíveis. Sabe quando você se sente tão cansada ao ponto de não querer, nem se importar com a mediocridade das pessoas? Você se sente tão completamente vazia que não tem raiva, não tem desgosto, não tem decepção.