7. Feliz aniversário

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Oi bunitas.
Desculpa a demora. Uma certa pessoa
voltou pra minha vida e digamos que isso é
de foder o psicológico 😍🔫
Enfim, boa leitura.

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UMA SEMANA DEPOIS...

JULIETTE POV's
Passou se 1 semana desde o acontecimento com Sarah. E desde aquele dia, ela vem me tratando com frieza e indiferença. Resumindo: nada mudou. Pensei que com a "intimidade" que tivemos, ela deixaria de ser tão arrogante, mas me enganei, completamente.

Eu queria de verdade ter uma convivência pacífica com ela, mas acho difícil qualquer tipo de proximidade funcionar, quando só se tem disposição de um lado. Amizade nunca daria certo entre nós.
Meus pensamentos são interrompidos com a claridade do quarto.

—Que isso? -pergunto assustada sem entender quem ligou a luz do quarto.

—Cala a boca, são 5 da manhã, quer acordar alguém? -Gil entra completamente agasalhado e vem até mim. —Levanta. -mesmo sem entender fiz o que ele pediu.

—Gil, você vai me explicar ou...? -pergunto.

—Só não faz barulho, se meu pai acordar, ele corta sua cabeça e arranca meu pau. -diz ele e rio, mas sou surpreendida com suas mãos rápidas envolvendo uma venda em meus olhos.

—Menino o que você tá fazendo? -pergunto preocupada.

—Coloca o chinelo. -ele pede.

—Você me deixou cega homem. -falo e ele então guia meu pé até o calçado.

—Agora quietinha. -Gil começa a me fazer andar me causando cada vez mais medo e curiosidade.

—Estou assustada. -confesso cochichando

—Por que? Não confia em mim? -pergunta ele também cochichando.

—É que só me vendaram duas vezes na minha vida. Uma delas foi por causa de uma festa surpresa, mas duvido que saiba a data do meu aniversário. -falo enquanto caminho no maior breu.

—E da segunda? -ele pergunta.

—Bom. -rio. —Da segunda foi em um motel, e foi um sexo muito doido, mas eu não tenho o que você quer. -rio baixinho e Gil me acompanha.

—Você sempre é curiosa assim, ou só quando está vendada? -ele pergunta sem parar de andar.

—Sempre fui curiosa, e quando estou vendada, fico excitada. -aviso e ele faz um som de "eca" como se estivesse com nojo, me fazendo rir mais.

—Só mais um pouquinho. -diz ele e escuto o barulho de uma porta ranger, seguido de um vento extremamente gelado.

—Meu Deus Gil, aqui tá muito frio. -reclamo e ele então pra de andar.

—Pronta? -ele pergunta e antes que eu respondesse, o homem tira a venda de meus olhos.

Branco. Nunca imaginei ficar feliz com uma imensidão branca. Era tudo branco, desde o chão até o topo das árvores. Neve. Tudo que eu sempre quis ver e tocar. Era neve, fofinha e gelada.
Sabe a sensação de sorrir involuntariamente ao ver algo pela primeira vez? Aquele sensação que te deixa viva sem motivo algum? Era isso. Era ser patética ao ponto de ficar feliz ao ver a precipitação de flocos formados por cristais de gelo.

—Mulher tu não vai falar nada? -ele me pergunta me tirando do transe. —Não vai me dizer que ainda tá excitada...

Tudo que eu consegui foi gritar, gritar e correr. Eu corri feito uma doida por aquele horizonte branco a minha frente. Eu sabia que apesar de tudo que eu deixei para trás, somente para estar aqui, valeu a pena no exato momento em que coloquei meu pés nesse gelo todo.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora