Lua - Sariette

30. Minha casa

Obrigada pelos 16k de visu ♥️

Gente, como eu já havia respondido alguns comentários, eu estou de férias e viajando muito, está muito ruim de escrever, quase não fico com o celular...

Depois que acabarem as viagens provavelmente eu fique mais frequente aqui... tenham paciência comigo pfvr 🤕

Boa leitura lindas.

———————-—{🌙}—————————

SARAH POV's

O primeiro dia após a despedida é como um vazio rotineiro. Nada muda, mas ao mesmo tempo, tudo dói. Da mesma maneira que a ficha demora a cair, a dor aumenta lentamente de forma cada vez mais intensa.
Passa das 16h e tudo que fiz foi me sentar na cama. Já voltei a deitar, mas nada muda. As três batidas na porta me interromperam de continuar na ilusão de acreditar no impossível.

—Entra. -minha voz falhou em um sussurro rouco e cansado.

—Posso? -Gil perguntou da porta e apenas assenti.

Ainda inseguro o homem tirou os sapatos e subiu na cama, engatinhou até mim e ajoelhou-se a minha frente. Abriu os braços com os olhos marejados e acatei seu pedido silencioso de um abraço.

—Desculpa. Desculpa, você não tem culpa, eu perdi a cabeça, eu falei sem pensar. Eu joguei na sua cara erros que nem são seus, eu fui um completo imbecil, me desculpa por favor. -sem coragem para dizer nada, apenas o abracei com mais força.
—Não acredita em nada que eu disse, eu falei aquilo porque eu tava com raiva, não de você, mas eu descontei em você, de verdade, me desculpa. -seu choro já molhava minhas costas e os soluços balançavam nossos corpos ainda unidos pelo abraço.

O homem se afastou e constatou a vermelhidão no meu rosto, os olhos marejados e se comoveu culpando-se mais uma vez. Agarrou meu rosto com as mãos e me encarou por breves segundos enquanto as lágrimas corriam soltas por sua face cansada.

—Fala alguma coisa.

—Eu me importo com ela. -sussurrei e ele transformou sua preocupação em confusão.
—Eu amo ela e você disse que eu sou incapaz de ama...

—Shii, não, não. -interrompeu-me, trazendo meu corpo contra o seu. Encaixei meu rosto em seu peito e ali me permiti chorar o que estava preso.
—A Juliette sabe que eu falei aquilo porque eu estava com raiva, ela também te ama.

—E se ela não souber? -me afastei enxugando as lágrimas.
—E se ela estiver achando que eu só estou usando ela? Eu gosto dela de verdade e...

—Ela sabe. -ele sorriu singelo terminado de secar meu rosto.
—Sabe desde sempre. Sabia antes mesmo de você descobrir que a amava.

—Mas e se...

—Não faz que nem eu. Não espera a vida tomar uma atitude por você. Ela te ama também, Sarah. Muito.

—Eu tenho medo.

—Tem mais medo de se machucar ou de perder ela? -perguntou.

—Perder ela.

—Então aja. Se você não agir, eu vou. Você merece mais que uma lápide no cemitério.

—Sobre isso, eu nem consegui falar com você. Eu sinto muito, eu...

—Vai ficar tudo bem. -me interrompeu mais uma vez.

—Promete? -perguntei me aconchegando em seu peito mais uma vez.

—Prometo.

(...)