31. Aquela pessoa.

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Obrigada pelos 17k de visu lindas ♥️

Revelações vem aí, boa leitura...

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JULIETTE POV's

Depois de mais uma hora de viagem, chegamos a uma floresta. Juro que até então eu não achei que seria sequestrada, mas com a imagem da floresta escura já consigo ver meu corpo esquartejado em algum canto desse lugar.

—Chegamos? -perguntei receosa.

—Mais ou menos. -a loira disse abrindo a porta do carro e saindo.
—Temos que ir a pé daqui. -ela disse assim que abriu a porta de trás para pegar sua mala.
—Não vai descer?

—Aham, claro. -desci, com meias e chinelos e uma leguem que ainda fazia meus ossos congelarem.
—Vai me matar? -perguntei brincando, espero.

—Deveria. -ela bufou logo cobrindo o carro com uma lona.

—E se a neve cobrir? -perguntei.

—Aí o carro vai ficar cheio de neve.

—Dã, isso é óbvio. Eu quero saber o que nós faremos.

—Nada ué, a neve nunca cobriu, não é hoje que vai. Agora me siga. -pediu daquele jeito delicado que só Sarah tem.

Apenas concordei a seguindo. E depois de passar por algumas árvores cheias de neve, chegamos a uma estrada quase sem neve. Fiquei me perguntando por que diabos ela não passou com o carro para cá. E seguimos por mais uns 15 minutos nessa estrada. Já havia iluminação óbvio, mas um ponto distante destacava-se com sua luz. E após sairmos da estrada e passarmos mais uma vez por algumas árvores, lá estava a casa.

Era charmosa, estava um pouco distante ainda, e havia um lago completamente congelado. Após sair de meus devaneios segui Sarah, que atravessou uma ponte para finalmente chegar no que ela chamava de "minha casa".

—Uau, meu Deus, Uau. -olhei atentamente para cada detalhe da varanda de entrada.

Era tudo organizado e tão aconchegante. Duas cadeiras de balanço, cobertores quentinhos as forrando. Havia também algumas decorações de natal ainda não tiradas, muitas luzes, e também uma loira gostosa a minha frente abrindo a porta.

—Tire o chinelo antes de entrar. -alertou a mulher segurando a porta para mim.

Fiz o que ela mandou e entrei em seguida, ficando ainda mais encantada com o interior. A casa era toda aconchegante. O carpete aquecido me vez querer não sair do lugar, e as pinturas nas paredes... completamente magníficas. A sala simples, havia um sofá, duas poltronas, um tapete felpudo e a televisão que ficava em cima da lareira...
Fiquei perdida nos detalhes até ouvir uma voz, infantil e bobona dizendo "oi neném, oh meu deuso a mamãe chegou meu amor".

Minha curiosidade era grande, mas meu medo de encontrar o que eu não queria era ainda maior. Começaram a passar trezentas possibilidades na minha cabeça. Um filho? Meu Deus, ou então ela sequestrou uma crianç...

—Juliette, esse é o Ralph. -e ela apareceu com um cachorro branquinho e peludo em mãos.

—Ownn que pitiquinho. -estendi os braços e ela me entregou o cachorro que logo começou a lamber meu rosto, eufórico.

—Eu vou fazer o jantar, espero que tenha consciência de que dormirá aqui hoje. -avisou ela.

—Eu tenho tantas perguntas. -falei ainda sem tirar os olhos da bolinha de pelos no meu colo.

—Ótimo, guarde elas pra você e vai tomar um banho. Segundo quarto no fim do corredor, tem água quente e algumas roupas no armário, não demore. -disse autoritária.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora