2. Minha

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Segundo cap,
lindas amo vocês.

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JULIETTE POV's
São pouco mais de 6 horas da manhã.
Já conheci a propriedade toda, vi minha sala e até consegui tomar um café com leite. Dona Fátima me obrigou a comer um pouco de bolo e agora cá estou eu, junto de Carla, ouvindo as dezenas de coisas que seu Jorge está nos orientando.

Para um senhor alto e gordo, ele gosta mesmo de andar e falar, perdi o ar só de ver sua disposição. Estava completamente entediada o ouvindo falar sobre horários, sobre as acomodações dos funcionários, sobre os cavalos... enfim, toda a burocracia chata.
Mas somos interrompidos por um alto barulho de passos rápidos.

—Volta aqui sua poc ladra! -uma voz feminina soou do alto da escada.

Gilberto desceu correndo, logo pulando diversos degraus segurando um blaser vermelho em mãos. Assim que o mesmo passou o último degrau, uma mulher desceu correndo logo em seguida.

—Se comportem, parecem até crianças! -a voz de Jorge soou ríspida e alterada.

—Pai a sua filha não sabe dividir! -Gilberto disse e foquei minha atenção nele. —Ela não quer me emprestar um mísero blaser.

—Porque não foi você quem pagou 400 dólares nele, né Gilberto! -a mulher se pronunciou e então virei minha atenção a ela.

—Calem a boca! -esbravejou Jorge e eles se calaram. —Resolvam suas criancices sozinhos. Preciso falar com as novas funcionárias.

Loira, olhos verdes, cabelos longos e levemente ondulados nas pontas. Usava uma regata branca grudada ao corpo que realçava seus seios, assim como um calça branca, também justa, dando destaque as suas curvas. As botas de cano longo pretas vinham até o joelho e não deixei de notar um colar em formato de lua, e algumas pulseiras. Além de seu perfume inebriante com aroma elegante e aveludado de rosas e mel. Realmente, uma mulher maravilhosa.

—Me dá isso aqui! -a jovem pegou o blaser das mãos do irmão e o vestiu.

—Sarah, Gilberto. Essas são Carla Diaz e Juliette Freire! -Jorge nos apresenta. —E esses são meus filhos! -disse a nós.

—Já nos conhecemos! -Gil diz simpático.

—Tá, já vou indo! -disse Sarah virando-se de costas.

—Sarah Andrade, educação! -repreende o homem.

—Muito prazer! -ela virou-se com um sorriso forçado. —Se me dão licença, eu vou ver a Lua! -diz ela. Assim como eu, Carla também pareceu confusa.

—Ver a lua? São 6:30 da manhã, que Lua ela vai ver? -questiono baixo falando com a loira ao meu lado, mas seu Jorge pareceu escutar.

—Lua é a égua! -explica ele e sorrio meio sem graça. —Enfim se tiverem alguma dúvida falem comigo, estarei no meu escritório.

Finalmente fomos liberadas para trabalhar, não aguentava mais ouvir todas aquelas informações. Carla seguiu para a pista, e eu fui para a minha sala. Atravessei uma enorme parte da propriedade.
Uma pequena construção, que mais parecia uma casinha, era o que eu chamaria de meu local de trabalho.
O ambiente era igual aquelas salas de consultório de clínicas. Um pequeno cômodo, totalmente silencioso, paredes e portas brancas e uma enorme quantidade de recursos, como, remédios, injeções, talas, gaze...

Só então reparei em uma prancheta. Nomes de cavalos e números das divisões dentro do estábulo. Era como uma ficha médica, indicando cada instrução a que deveria ser feito a cada cavalo. O primeiro da lista era "Lua", na última "cabine".
Segui até lá, com meus equipamentos em mãos e alguns remédios também.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora