39. Eu te amo.

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Eita como surge das cinzas 🤠.

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4 dias depois...

JULIETTE POV's

—Não da pra viver assim, eu sei que você ainda está chateada com seu pa... -perdi a voz ao ver aquele olhar me fuzilando.
—Jorge, seu Jorge. -corrigi rápido.
—Mas você precisa voltar para a sua vida, vai deixar aquele velho acabar com tudo?

—Vou, porque aquilo não sou eu. É a vida que ele construiu pra mim, sem me perguntar. -ela disse brava.

—Mas é a sua casa. A casa da sua mãe... mesmo que não o queira na sua vida, precisa retoma-lá e de preferência perto das pessoas que te amam.

—Ele não é uma dessas pessoas.

—Mas os outros sim... -respirei fundo.
—Você se quer deu uma explicação a eles. Eu ouvi a discussão, eles só viram você saindo raivosa até o carro. E você não os convidou para vir aqui como disse que faria.

—Eu não quero ter que me explicar para as pessoas, Juliette, que saco. É a minha vida, meus problemas, porque eu tenho que dar explicações para pessoas? Eu só quero ficar aqui, em paz.

—Por que elas se importam, Sarah. -a repreendi séria.
—Quanto mais você demonstra essa indiferença, mais elas deixam de se importar. E com isso, sabe quantos você vai ter ao seu lado quando precisar? Advinha, zero. -bufei me afastando.

Ela não disse nada. Não veio atrás. Continuou lá, parada na neve, ao lado de sua égua de ouro. Brigamos desde a manhã seguinte do dia que chegamos. Sarah é cabeça dura e não escuta nada do que falo. Apenas repete centenas de vezes que não vai voltar para a mansão.

—O que eu faço com a sua mãe, hein? -questionei para o cachorro que pulou eufórico ao me ver entrando em casa.

(...)

SARAH POV's

Como eu poderia simplesmente voltar? Eu sou orgulhosa e gritei aos quatro quantos e mandei ele esquecer que tinha filha. Eu não voltaria nem morta. E por que raios Juliette quer voltar? Por que quer que eu volte?

Ele me magoou. Não uma, não duas, não três vezes. Foram 5 ou 6 erros "fatais" que ele jogou na minha cara. Todas as chances que ele teve de salvar a minha mãe da ruína ou de um vida medíocre... mas não, ele não pensou duas vezes  antes de afundá-la em mais tristeza...

Ela sempre sorria tão genuína quando me via. Era saudosa quando me via chegar correndo nos corredores do hospital. Era tão forte e hoje sei que era ainda mais do que pensava. Tão financeiramente bem estabelecida, mas tão precária no amor. Dos filho, teve aquilo que o marido nunca foi capaz de nutrir, amor. Porque quem ama não faz o que ele fez. Jamais.

Mas sabe, o que mais machucou foi a frieza. O jeito simples em que admitiu não ter sido suficiente, ou se quer o mínimo que elas precisavam. Não só uma mãe, ou esposa, mas também uma filha e uma neta que ficaram sem a figura masculina que deveriam, mais uma vez, sem a segurança óbvia da família.

A falta de sensibilidade só trás decepção, pois as pessoas sabem abrir feridas, mais não sabem fecha-las.

Então aprendi a entender que não estou magoada ou com raiva. Estou apensas decepcionada. Por um dia ter pensado que aquele poderia ser meu herói. Que aquele homem era o que sofreu por criar os filhos sem esposa. As expectativas que coloquei em seu colo, eram dignas de serem cumpridas com louvor, no entanto, os homens podem surpreender até quando já não temos esperança alguma.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora