22. Sarará

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Oi lindas.

Eu juro que tô tentando escrever, mas fica difícil com a escola, e também porque vou viajar de novo... mas estou aqui com mais uma att pra vocês!!

Boa leitura!!

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JULIETTE POV's

—E se eu cair? -perguntou pela décima vez.

—Do chão não passa. -bufei irritada.

—Da última vez eu não passei do chão mas enfolei meu tornozelo, da para ter o mínimo de empatia? -perguntou ela e me arrependi da resposta anterior.

—Você não vai cair. -disse agora mais calma.
—Nada mudou Sarah, sua mobilidade é a mesma, você não usa o tornozelo para cavalgar, não até onde eu sei.

—Sim, mas meu pé doía quando eu fazia a pressão pra ficar em pé na pedaleira. Vai doer? -ela perguntou receosa.

—Só vai saber se tentar. -a encorajei.

Ajudando a subir nos caixotes, ela ainda estava insegura. O rosto emanava preocupação e medo, eu sabia que era raro vê-la assim, mas estava muito frequente desde que disse que depois da corrida na praia iríamos tentar montar.

—Eu não consigo. -ela disse encarando a égua.

—Mas você nem tentou.

—Não da. Antes era uma dor suportável, toda vez que piso mais fundo no chão é como quebrar cada osso do pé, como vou sustentar meu corpo em pé na pedaleira? É impossível. -ela ameaçou descer, mas a impedi.

—Para. Você está dramática demais. Essa não é a Sarah que conheço. A égua te conhece, você não sabe cavalgar sem correr? -ela assentiu.
—Então vamos devagar. Só de um passeio, teste. Nunca saberá se dói se nem tentar.

Ela me olhava ainda receosa, mas voltou sua direção a égua. Lentamente se ajeitou, ainda sem coragem passou a perna ruim por cima do animal e finalmente sentou-se. Segurou o pito para equilibrar-se melhor, mas não pousou os pés nas pedaleiras.

—É mais seguro se colocar os pés no devido lugar. -a encarei.

Sarah tinha a visão longe, a testa franzida em sinal de preocupação, o corpo rígido, a mão que segurava a rédea estava trêmula. Ela se quer me ouvia, estava mais preocupada em se auto-aterrorizar.
Por impulso me aproximei do animal, assim teria a sua atenção.

—O que está fazendo? -ela então perguntou e parei no lugar.

—Coloque os pés nas pedaleiras, ou eu mesma terei que fazer. -cruzei os braços lhe encarando com os olhos semicerrados por conta do sol.

—Vai doer. -ela repetiu.

—Meu Deus, se doer a gente para. Para de ser tão medrosa e tenta logo, estou fritando nesse sol. -comentei irritada me afastando um pouco para lhe dar espaço.

Sarah revirou os olhos com minha irritação, e extremamente cautelosa ela posicionou os pés no equipamento e me olhou, praticamente pedindo socorro. Acenei com a mão para que ela começasse a andar.

Aos poucos a égua começou a andar. A loira tinha a coluna reta, corpo rígido, sua expressão ainda era de alguém completamente aterrorizada.

—Está doendo? -questionei.

Ela negou com a cabeça, agora começando a relaxar as feições. Depois de algumas voltas no enorme campo ali, ela então posicionou as duas mãos na rédea com mais confiança, começou a se soltar. Mesmo que lentamente, os trotes do cavalo faziam Sarah praticamente quicar em cima do animal.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora