33. Boa noite

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Obrigada pelos 22k linda(o)s 🤕♥️
Boa leitura!! 😀

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JULIETTE POV's

Sentadas na varanda naquele pequeno e aconchegante sofá, ainda desacostumada com  o carinho, de 5 em 5 segundos eu checava se Sarah ainda estava me abraçando contra o seu peito, me certificava também de ver se ela estava coberta pela manta que dividíamos.
O pôr do sol esbanjava seu rosa alaranjado que refletia tão lindamente contra o gelo...

—É uma linda vista. -comentei.

—Clara amava ficar aqui nos finais de tarde.

—Me conta sobre ela, sobre vocês, como era a relação de vocês. -ela sorriu buscando na mente lembranças nostálgicas da época.

—Sempre fomos muito implicantes uma com a outra. Teve um tempo que Gilberto achou que namorávamos. Mas em geral ela era como Lucas foi para mim, ou seja, tudo.

—Almas gêmeas?

—Quase isso. Talvez mais intenso e menos rotulado. Era sempre briga para lá e para cá, mas obviamente carregávamos sorrisos nos rostos. Estar com ela sempre trazia aquela sensação de segurança, sabe? E ela sempre esteve em todas as corridas, todas as festas burocráticas como minha convidada, todos os jantares de negócios como minha convidada... ela sempre foi minha convidada, mesmo que a vida tenha a convidado a ir em bora.

—Ela deve se orgulhar, muito aliás. Você se tornou uma atleta renomada, podre de rica, mantém sua simplicidade e origens, você só é triste, e acho que falo por nós três que gostaria que você sorrisse mais.

—Três?

—Eu, Clara e Lucas! -disse.

Sarah é um diamante bruto que com o tempo e lapidações tem mostrado o brilho que traz no olhar. O olhar que ela me deu agora. Com um sorriso singelo e aconchegante de quem ama a vida mais do que a odeia.

A verdadeira felicidade começa com um sorriso
e o verdadeiro amor começa com um beijo. E ela inclinou-se e me beijou. Doce, com um sorriso intacto no rosto de alguém que aprendeu, finalmente, a sorrir genuinamente.
Sua língua pediu passagem e eu cedi, como eu sempre fiz a tudo que ela me pediu, eu cedi ao amor, ao desejo que é ser tudo que essa mulher precisa.

—Queria saber se eu te faço tão bem quanto você me faz. -perguntou depois de nos afastarmos, de olhos fechados com a proximidade ainda muito existente.

—Mais do que imagina. -respondi mordendo o lábio inferior.

—Amanhã acaba o nosso paraíso. Eu não quero voltar a ser aquela Sarah. Eu quero sorrir quando eu te beijo, quero achar graça em pintar péssimamente uma tela, quero patinar num lago cristalino em uma cidadezinha no meio do nada e simplesmente achar a coisa mais magnífica do mundo.

—Só seja você mesma. -sorri boba lhe encarando nos olhos.

—Quero que hoje seja especial, porque eu jamais vou esquecer desses 2 dias com você.

—A gente vai transar?

—Juliette? -ela riu esbaforida.

—Desculpa. -eu ri também.
—Certo, nós vamos fazer amor? -a loira riu mais ainda.

—Por que você é sempre tão direta? -questionou ela, recuperando o fôlego.

—Porque você é muito lenta.

—Sou é? -Sarah se aproximou encarando meus lábios e semicerrou os olhos na minha direção.

—Ai meu Deus, você tá flertando comigo, a gente vai transar mesmo. -comentei animada.

Lua - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora