Depressão e tudo mais 😝
Boa leitura, lindas ♥️
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JULIETTE POV's
Eu estava completamente perdida naquela calçada. Olhando de um lado para o outro tentando entender como aquilo aconteceu. Como de repente a minha Sarah havia cantado pneu para longe. Peguei o celular com um urgência e poucos minutos depois uma mulher brava estacionava a minha frente.
—Não acredito que você fez isso. -ela abaixou o vidro do carro e esbravejou.
—Era o único jeito de fazer você voltar. -expliquei esbaforida abrindo a porta do carro e entrando no mesmo.
—Precisava ter ligado essa merda no máximo? -questionou impaciente.
—Nem deu tempo de sentir nada. -falei calma colocando o sinto e a loira quase quebrou o pescoço na velocidade que virou para me encarar.
—Vou enfiar esse negócio dentro de você, aí você me diz se não dá pra sentir nada. -disse raivosa.
—Droga. -resmunguei me ajeitando no banco.
—O que?
—Isso foi muito sexy... -falei manhosa.
Mas fiquei em silêncio ao lembrar da real questão no momento. Sarah havia quase esfaqueado (exagero meu), mas estava quase pulando em cima do pai naquela sala.
Seja lá o que for que tenha acontecido, ela vai odiar voltar para aquela casa pelos próximos dias.O caminho foi em um longo silêncio de dores não ditas. Sarah tinha o olhar bravo, angustiado e decepcionado. Com certeza seu pai havia lhe ferido de uma forma que ela jamais imaginou.
—Quer que eu dirija? -perguntei calma ao ver que estávamos cada vez mais velozes. A loira não pareceu me ouvir então coloquei uma mão sob sua perna.
—Sarah?Me olhou um pouco assustada, parecia ter esquecido que havia outra presença ali. Recobrou os sentidos que haviam se perdido na sua mente devastada e assentiu parando lentamente no acostamento. Trocamos de lugar e Andrade colocou o cinto, logo se escorando no vidro.
Coloquei uma música baixinha só para não irmos em um silêncio completo. Vez ou outra eu a olhava preocupada. Estava quieta demais, muitas das vezes com os olhos fechados e uma respiração tensa.
Depois de algumas horas, já estávamos na pequena cidade. O GPS indicava de forma silenciosa para onde eu deveria ir.
Ao paramos em um farol, tive tempo para observá-la com mais atenção e senti meu coração se comprimir com a cena da lágrima solitária que escorria pela pele branquinha da minha namorada. Alcancei sua mão que repousava em sua perna e ela entrelaçou nossos dedos ainda sem tirar os olhos da janela.
O resto do caminho foi feito assim, uma mão no voltante e uma mão na dela. Segurando ali não só a mão da minha Sarah, segurando também a dor dela. Já que eu faria de tudo para que ela não sentisse sozinha.
—Chegamos. -falei calma tirando o cinto.
Descemos do carro abraçando os próprios corpos pelo frio congelante. Algumas pessoas estranhavam as roupas de caipira e outras achavam graça. Adentramos a floresta ignorando os olhares curiosos e logo chegamos a ponte, de lá já se podia ver a casa. Iluminada apesar do dia ainda estar escurecendo.
—Roberta vai trazer o Ralph amanhã. -avisou ela passando a chave na fechadura e enfim entramos em casa.
O lugar estava tão igualmente frio ao lado externo. Mas logo as luzes se acenderam e Sarah ligou o aquecedor.
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Lua - Sariette
FanfictionSarah Andrade é a mais jovem candidata a primeiro lugar nas competições entre jóqueis. A loira de olhos verdes enfrenta um trauma, e após se deparar com uma forte presença que traz lembranças do passado, terá que lutar contra si mesma para conseguir...