Good For Your Skin - Olívia e Sabrina (Salivia)

Capítulo 50- Olívia/Paralyzed

O meu celular havia tocado, mas antes disso, eu já sabia que algo de errado havia acontecido.

Eu estava em uma sessão de fotos para divulgar um novo álbum, quando percebi as expressões de algumas pessoas mudando ao verificarem seus celulares.

Eu não estava entendendo o que estava acontecendo, mas sabia que não era nada bom, sabia ser algo bastante grave, mas estava tentando impor em meu subconsciente, que isso não passava de alguma paranoia.

Mas isso não era verdade, assim que ouvi meu celular tocar desesperadamente, parei as fotos e fui até ele.

O número na tela não era de Sabrina, não era de quem eu esperava, mas sim da segurança.

— Sim?

Eu não sabia como minha voz havia saído, pensando em como meu coração estava acelerado.

— Senhorita Olivia, preciso que venha urgentemente ao hospital de Los Angeles...
Aconteceram algumas coisas, houve um atentado na coletiva de imprensa a qual a senhorita Sabrina estava.

Merda, eu deveria estar com ela, era apenas o que eu conseguia pensar.

Eu estava a deixando escapar? Algo grave havia acontecido?

— Como ela está?

Eu queria saber, mas, ao mesmo tempo, tinha medo, medo do que poderia ter acontecido enquanto não estava ao seu lado.

— A Senhorita Sabrina levou um tiro na barriga ao que parece, e agora se encontra em cirurgia.

Droga.

Droga.

Droga.

Isso era minha culpa, eu não devia tê-la deixado ir a público, sozinha, sabendo como isso tudo era complicado, sabendo que nem todos haviam aceitado nosso relacionamento.

Eu sabia que recebíamos ameaças, virtuais, hate pelas redes sociais falando que merecíamos a morte por amar, mas eu não achei que isso sairia de palavras, mas agora eu sabia, que as pessoas não tinham limite em relação a ferir ou matar outras.

Eu me sentia anestesiada, dopada, e até mesmo dormente, já que não conseguia me mover, falar, ou qualquer coisa semelhante.

Eu estava em choque, sem saber o que fazer, sem nem mesmo perceber onde eu estava nesse exato momento.

— Carpenter.

O segurança veio até mim, antes que eu desabasse ao chão, fui amparada, e ainda que falassem comigo, eu não absorvia, as palavras não saiam, assim como qualquer outra reação.

— Senhorita Rodrigo, a senhora está bem? Precisamos ir? Me ajude, me ajude...

Eu estava apenas ouvindo, mas o estado de choque não me permitia reagir a nada. ________________________________

Não sei quanto tempo fiquei nesse estado, mas quando percebi estava no carro, chegando ao hospital.

— O que aconteceu, onde ela está, onde ela está?

Meu motorista e os seguranças estavam no carro, enquanto estávamos já próximos ao hospital.

— Não tivemos novas notícias, ainda em cirurgia, a senhora está bem? Estava em choque a minutos, não ouvia, não falava, ficamos preocupados... deve ir a uma consulta imediata, estamos a caminho de um hospital...

— Não! Eu só preciso saber como ela está...

O carro mal havia estacionado, e entrei correndo, o máximo que conseguia, até a entrada do hospital.

Meu coração estava acelerado como nunca esteve, mas cheguei a recepção.

— Sabrina Carpenter, Preciso saber como ela está, preciso saber de tudo o que aconteceu!!!

— A Senhorita precisa se acalmar...

Flashes em direção ao hospital, vários carros chegavam...

Em um momento como esse, a imprensa invade o local, com câmeras em cima de mim.

— O que tem a dizer?

— Como está sua noiva?

— Onde estava?

— Fale sobre o atentado!

Eu não me sentia bem, apenas a tontura foi capaz de me deixar mal.

A tortura me apagou.

Ou talvez o choque.