Capítulo 28 Leticia.

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- Já que se dão tão bem ao ponto de me irritarem deixareis vocês a sós

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- Já que se dão tão bem ao ponto de me irritarem deixareis vocês a sós. - Ela disse e saiu.

Obrigada, prima.

- Me diga se estiver enganado. Suponho que Sarah esteja querendo... Forma um casal. - Falei e logo depois sorri para amenizar a situação.

Suzana pareceu refletir por alguns segundos, depois me olhou pensativa.

- Ela pensa que é um gesto simpático.

Pensa ser um gesto simpático... Então isso significava que ela não gostava de está comigo. Aquilo doeu mais do que eu achei que doeria.

- Achei que minha presença fosse mais agradável que isso.

- Oh, não foi isso que quis dizer. Eu gosto da sua presença. - Ela disse apressadamente.

Por essa eu não esperava. Sorri. Ela gostava da minha presença.

- É muito bom ouvir isso.

Suzana, retribuiu o sorriso de forma doce. Tive que exigir muito de mim para desviar o olhar. Tentando manter a atenção na prateleira com fotografias.

- Minha mãe e meu pai. - Suzana disse quando olhei para uma especificamente. Um casal, de aparência elegante.

- Imaginei que fossem. - Embora Suzana não se parecesse muito com eles, Asafe e Davi eram uma copia mais nova do pai. - Onde eles estão... - Interrompi a mim mesmo, embora sempre me perguntasse isso, não era da minha conta.

- Moram em Londres.

Assenti. Isso explicava muita coisa. Eles também haviam morado lá, Asafe já havia comentado, além é claro do sotaque. Passei o olhar por outra fotografia, desta vez uma senhora.

- Minha vó. - Suzana pronunciou com um sorriso de satisfação, eu retribuí esperando que ela continuasse. - Ela morreu a um tempo.

Então era isso... De forma impensada eu segurei sua mão por instinto.

- Sinto muito. - Sussurrei, porque por alguns segundos eu vi no seu olhar a mesma tristeza que havia no meu.

Ela fitou minha mão na dela.

- Ninguém sentiu mais do que. - Disse e por alguns segundos seu olhar se perdeu, como se estivesse lembrando dela.

- Como se chamava?

- Marina.

Assenti. Era evidente que o assunto não lhe fazia bem. Ela parecia muito abatida.

- Suzana?

- Ela foi uma boa mulher.

- Sei como se senti. - Disse por que era verdade. - Quando meus pais morreram... - Minha voz foi cortada, eu ainda não havia me acostumado a isso.

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