Capítulo 79 Jesus

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Hoje eu me sentia absolutamente péssimo, não tinha conseguido dormir direito, devia ser por isso, e minha cabeça ainda latejava um pouco, pensei com um suspiro mais uma vez analisando a sala de espera do hospital em que estava, não era dia de exame de rotina, mas como ontem fui dormir com uma dor de cabeça persistente, mesmo depois de tomar remédio, achei melhor vir, agora que havia sido medicado na veia, não sentia mais muita dor, mas estava um pouco preocupado, a ansiedade só aumentava, a medida que o tempo passava, geralmente eu não demorava tanto para ser chamado a sala do médico, depois da ressonância, alguma coisa de errado devia ter aparecido...

Meneei com a cabeça tentando fugir desses pensamentos malucos, precisava manter a calma, não adiantaria nada me preocupar antes da hora, talvez não fosse nada, eu esperava que não fosse.

— Senhor Quessy, você já pode entrar. — A assistente avisou, abrindo a porta do medico para mim.

— Obrigada. — Agradeci levantando, e entrando. Para minha surpresa, Arthur também estava presente. — Arthur?

— Oi, Benjamin. — Ele disse tentando esconder a tristeza enterrada em seu rosto, mas não funcionou, nunca funcionava com ele.

Sarah costumava dizer que ele era uma pessoa muito expressiva.

— Por favor, senhor Quessy. — O doutor Alves, o medico que havia feito minha cirurgia, e me acompanhado por todo esse tempo gesticulou para a cadeira em frente a sua mesa. — Nós descobrimos o motivo das suas constantes dores de cabeça. — O doutor Alves disse, depois de tirar os olhos da ressonância que eu tinha feito.

Eu respirei fundo, assustado, sabendo que o que quer que ele fosse dizer, não devia ser bom. Ele não costumava ser alguém sorridente, mas nem de longe era tão triste como demostrava agora, e Arthur bem ali ao seu lado parecia muito abatido, desolado.

— Encontramos um aneurisma no lado esquerdo do seu cérebro, senhor Quessy, bem próximo de onde você teve o inchaço. Não tem como saber se é devido ao trauma na cabeça que você teve, embora desconfiamos que seja. — Ela fez uma pausa, e depois prosseguiu — é muito importante que você saiba também que as chances de uma cirurgia resolver são quase nulas, não a muito que possamos fazer em casos como esses, além de lhe assegurar medicamentos que amenizem a dor, no tempo que ainda lhe resta.

Eu olhei para ele confuso, tentando entender, o que ele havia acabado de dizer.

— Está me falando que estou morrendo? — questionei sentindo um nó na minha garganta — que esse aneurisma vai me matar?

O médico assentiu com pesar.

— Lamento profundamente ter que dizer isso, mas pode acontecer a qualquer momento.

Meu Deus, eu estava morrendo... Eu senti um gosto estranho na minha boca, e uma vertigem repentina. Estava tão assustado que minhas mãos tremiam.

— Em casos como esse, eu sempre recomendo ao paciente que use o tempo com a família, que antes de partir, dê a eles a oportunidade de dizer adeus...

Então de repente, como se as lembranças sempre estivessem aqui, apenas esperando para aparecer, elas voltaram, e uma frase nítida soou em minha mente:

Antes de partir, deixe sua família saber, o quanto você os ama.

Jesus...

Não me matem, ainda não estamos no final

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Não me matem, ainda não estamos no final.

ANTES DE PARTIROnde histórias criam vida. Descubra agora