Capítulo 76 Eu lembro de ter sorrido.

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Tive noção dos meus sentidos antes mesmo de conseguir abrir os olhos. E como se viesse de muito longe, eu escutei algumas vozes, mas não conseguia entender o que diziam, havia também um constante barulho, já havia estado em hospital vezes o suficiente para saber que era um monitor de eletrocardiograma. Então era isso, eu estava em um hospital, mas como tinha parado aqui? Não conseguia me lembrar, na realidade estava tudo muito confuso em minha mente.

Tentei abrir os olhos, ao menos um pouco, e a claridade do ambiente quase me cegou, mas eu não desisti, continuei na tarefa, que para mim parecia árdua, quando consegui não ouve nenhuma alteração nas vozes que falavam, duas masculinas, e uma feminina, mas eu consegui reconhecer uma.

— Arthur... — Balbuciei.

— Benjamin? Você acordou! — O rosto sorridente de Arthur apareceu em meu campo de visão.

Então eu estava mesmo em um hospital.

— Doutor, ele acordou. — Arthur disse com animação para a segunda voz. 

 Desta vez foi um senhor que apareceu.

— Senhor Marinho. — Ele disse sem conseguir conter o espanto. — Consegue me ouvir bem?

— Sim. — Murmurei. Queria dizer que já os ouvia a um tempo, mas falar era tão cansativo.

— Siga a luz com os olhos. — Ele mandou, colocando uma lanterninha na minha frente.

Fiz uma careta, mas obedeci.

— Certo! Agora tente apertar meus dedos com a mão. —  medico continuou, e isso foi mais difícil que falar, mas acho que consegui — Muito bom! Agora, me diga senhor Marinho, consegue sentir isso?

No mesmo instante eu senti algo roçar meu pé, e afirmei com a cabeça.

— Ótimo! — O medico soou animado — Preciso que marque esses exames para mim. — Ele disse para a terceira pessoa, e desapareceu do meu campo de visão.

— Arthur, o que aconteceu? — perguntei, lutando para juntar os pensamentos.

— Qual a ultima coisa que consegue lembrar?

Pisquei algumas vezes antes de responder, eu lembrava de falar com Suzana, depois de ter ido a reunião, havia caído uma tempestade, Naum me ligou, e mais nada... Foi então que a história desconjuntada começou a se cristalizar em minha mente, subitamente tudo fez sentindo, quando minha mente começou ligar os pontos e preencher os detalhes: eu pensei que pudesse parar o carro para entender, mas antes de fazê-lo, meu carro foi atingindo.

— Eu sofri um acidente. — Murmurei sem acreditar no absurdo da situação.

Como isso tinha acontecido, eu era sempre tão cuidadoso.

ANTES DE PARTIROnde histórias criam vida. Descubra agora