Livro 02 de Quando Alguém que você ama morre.
"Você já conhece essa história, mas não com esses detalhes"
~~ Romance Evangélico.
Benjamin Marinho Quessy, tinha muitos arrependimentos na vida... Como no dia em que não obedeceu a mãe e acabou caindo...
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Gabriela
A festa em comemoração ao novo presidente das empresas Levins do Brasil estava acontecendo naquela noite, no salão de festa da própria empresa Levins, que era enorme, e estava cheio de pessoas que sorriam e falavam alto, sem necessidade, já que a música que soava era ambiente.
Embora estivesse cheio, eu ainda consegui ver Suzana e sua família, mesmo que estivessem na mesa distante da minha, na realidade a mesa da família Levins estava no centro do salão, e agora todos eles chamavam atenção para si, embora eu soubesse que esse não era o objetivo. A mesa estava envolta de algumas pessoas, que sorriam e parabenizavam Asael, que sorria também. Ele estava muito empolgado com tudo aquilo, sabia que para chegar até ali tinha encontrado muitos obstáculos, os boatos que rolavam pelos corredores eram de que alguns sócios o achavam novo demais para a responsabilidade, o que era ridículo, dado ao fato de que Asael era apenas alguns anos mais novo que Davi, mas no final ele havia conseguido, e eu ficava feliz por isso, Asael era uma boa pessoa, ele merecia.
— Senhor Marinho. — O supervisor da minha equipe me tirou dos meus pensamentos, e se colocou em frente à mesa.
Todos da equipe que antes estavam felizes e distraídos conversando, ficaram tensos diante do seu olhar.
— Me acompanhe, por favor.
Suspirei levantando e seguindo ele até um corredor vazio.
— Imagino que tenha terminado as alterações no projeto, já que teve tempo de vir se divertir.
Estava me divertindo mesmo, até um minuto atras.
— Tenho um prazo até amanhã, dentro da data o projeto estará em sua mesa. — Disse polidamente, com educação, que só serviu para irritá-lo mais. — Ouso dizer que as correções seriam feitas com ainda mais rapidez, se o senhor especificasse o que deseja.
Ele torceu o nariz com desdém.
— Você é muito insolente, garoto... Se apoia muito no fato de namorar uma Levins, não é? Por isso faz e age como bem quer! Isso salvou você uma vez de ser demitido, mas agora eu estou no comado, e você está por um fio, um fio.
Ah, ali estava. Ele finalmente tinha admitido sua animosidade em relação a mim.
— Então você admite, admite que isso tem a ver com a demissão do Murilo?
Ele levou a pergunta a sério, e quando respondeu, pausadamente, foi me fitando com muita raiva.
— Me diga você, em uma equipe de dois, em que os projetos contenham erros, os dois deveriam ser demitidos. Qualquer pessoa nessa empresa receberia esse tratamento, mas você por namorar aquela garota foi poupado!
Eu senti minha raiva inflamar quando ele se referiu a Suzana com ainda mais desprezo.
— Não se atreva a envolver a Suzana! — Soei com firmeza — ela não tem nada a ver com isso!
