Livro 02 de Quando Alguém que você ama morre.
"Você já conhece essa história, mas não com esses detalhes"
~~ Romance Evangélico.
Benjamin Marinho Quessy, tinha muitos arrependimentos na vida... Como no dia em que não obedeceu a mãe e acabou caindo...
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— Meu Deus você não estava exagerando quando disse que somos parecidas. — Leticia soou impressionada quando mostrei uma foto da Sandra para ela. — Talvez sejamos parentes distantes, sei lá... É meio assustador.
Sorri.
— Vem, vamos tirar uma foto para enviar para ela. — Disse abrindo a câmera do celular. Já tinha comentado com Sandra sobre a Leticia e de como as duas se pareciam, ela também ficaria surpresa com a semelhança.
Leticia se aproximou e nós tiramos a foto, logo em seguida eu enviei para Sandra, e depois voltamos ao nosso trabalho de limpar a praça. O culto infantil já havia terminado, e agora éramos responsáveis pela limpeza, Bianca tinha insistido em ficar em nosso grupo, mas foi só ver um saco plástico de lixo que ela desapareceu.
Muito propicio.
Foi nesse momento que meus olhos encontraram Suzana, ela estava do outro lado da praça catando lixo também e conversando com um dos médicos que tinham vido para atender as crianças depois do culto, e amigo de Arthur. Tinha descoberto hoje que ela tinha sido a única dos Levins a ficar no Brasil, enquanto todos estavam em Londres, e eu fiquei estranhamente feliz por saber que ela havia ficado. Eu cogitei me aproximar dela para conversamos um pouco e quando estava prestes a fazê-lo, Suzana escorregou e caiu.
Droga! Aquilo tinha machucado. Pensei correndo na direção dela.
— Eu estou falando sério Suzana. — O medico disse e segurou seu ombro para que ela não levantasse.
— Meu Deus! — Leticia não conseguiu conter o pavor. Na realidade quase ninguém conseguiu. O tornozelo dela tinha sido deslocado.
Ah, aquilo doeria bastante.
— O tornozelo... — Arthur, o noivo de Sarah trocou um olhar preocupado com o medico.
— Eu sei... Mas preciso dá uma olhada.
— Sarah uma ajuda aqui. — Arthur pediu e Sarah se juntou aos três. E em questão de segundos todos que estavam na praça começaram a se amontoar em volta da Suzana.
— Sarah... — Suzana chamou assustada.
— Um minuto Su.
Sarah retirou a bota com cuidado, e lá estava o estrago. A multidão fez um sonoro Aaaah, e eu tive ainda mais pena da dor que Suzana enfrentaria.
— Precisamos colocar no lugar... — Alguém falou.
— Do que vocês estão falando? — Suzana perguntou ainda mais assustada.
— Se esperarmos até chegar ao hospital pode ficar sem circulação. — Arthur continuou.
— Arthur? Arthur? — Suzana chamou.
— Su, você torceu o tornozelo, ele foi deslocado, saiu do lugar e agora temos que colocá-lo de volta porque não tem sangue circulando. — Arthur explicou calmamente. — Ed vai colocar no lugar. Ele tem mais experiência.
