Capítulo 56 O luto muda as pessoas.

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O culto de abertura começou pontualmente as 19h, havia tantas pessoas ali que não consegui encontrar Suzana, ou Sandra

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O culto de abertura começou pontualmente as 19h, havia tantas pessoas ali que não consegui encontrar Suzana, ou Sandra.

Naum chegou atrasado, e subiu direto para o altar, já que hoje ele iria pregar, o que fez muito bem por sinal, Naum conseguia ser de longe meu pregador favorito, logo depois do papai e tio Elias. Só depois que o culto terminou que consegui ver alguns rostos conhecidos, Theo foi o primeiro, que sorriu e me abraçou assim que estivemos frente a frente.

— Já faz tanto tempo, Benjamin. Estou feliz que esteja de volta. — Ele disse com a voz carregada de empolgação.

— Theo, já faz muito tempo mesmo. — Respondi com alegria. — Eu não sabia que você estava em Mauá, e muito menos na igreja. — Admiti com espanto.

Theo sorriu achando graça do meu espanto.

— Já estou em Mauá a um ano, e na igreja a cinco. — Ele respondeu com tranquilidade.

Theo tinha sido um amigo da época em que eu era o adolescente revoltado, ele fazia parte do grupo, mas sua família se mudou um pouco antes do acidente com a Stefe, desde então tínhamos perdido o contato.

— Eu fico feliz por você meu amigo, de verdade. — Soei com sinceridade, embora tivesse se passado anos, eu as vezes pensava nele, e me perguntava como as coisas tinham se desenrolado em sua vida.

Um grande sorriso se expandiu em seu rosto.

— Obrigada! Eu quis falar com você antes, no velório do Lucas, mas você estava sempre ao lado da Sandra a ajudando, eu não quis ser inconveniente.

Assenti. Não sabia que ele tinha ido ao velório do Lucas.

— Não tive a oportunidade de dizer que sinto muito por seu amigo. — Theo deu alguns tapinhas em meu ombro — não éramos próximos, mas sempre lembro dele com um sorriso no rosto, e fazendo alguma coisa perigosa.

Eu sorri um pouco, esse era o Lucas.

— Obrigada, Theo.

— Eu estava pensando, vamos fazer alguma coisa antes de você voltar para Santos, vai ser divertido, e eu ainda preciso te apresentar minha esposa e filha. — Ele mudou de assunto, gesticulando para uma moça do outro lado da igreja, em uma roda de conversa, ao lado dela uma garotinha que devia ter uns três anos pulava de um lado para o outro.

Minha boca se abriu em espanto.

— Você virou pai?

Theo assentiu com um sorriso de admiração voltado para a filha.

— Eu costumava achar que as meninas eram mais calmas, até ter a minha própria.

Sorri.

— Isso parece ótimo, eu vou gostar de conhecê-la. E de apresentar minha namorada também — Afirmei com um sorriso, enquanto via Suzana se aproximar, finalmente — Aí está você.

ANTES DE PARTIROnde histórias criam vida. Descubra agora