Livro 02 de Quando Alguém que você ama morre.
"Você já conhece essa história, mas não com esses detalhes"
~~ Romance Evangélico.
Benjamin Marinho Quessy, tinha muitos arrependimentos na vida... Como no dia em que não obedeceu a mãe e acabou caindo...
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— Está me dizendo que não quer contar a eles sobre seu diagnóstico? — Arthur questionou incrédulo.
— Estou dizendo que quero esperar até que o casamento passe. — Expliquei mais uma vez.
— Benjamin, você ouviu o doutor Alves, pode acontecer a qualquer momento... — Arthur se interrompeu de repente, e desviou o olhar — sinto muito.
Suspirei.
— Eu só quero que você me prometa que não dirá nada, e eu prometo que assim que passar o casamento eu conto a eles.
Arthur me olhou de volta para responder.
— E se não der tempo? — perguntou com desapontamento. Ele não concordava com aquilo, em especial por causa da Sarah.
— Vai dá! — Afirmei — vai dá! — Repeti mais uma vez tentando me convencer.
Arthur concordou depois de muita insistência da minha parte, mas depois do casamento eu teria que contar a verdade a todos, não importava o que, eu disse que o faria, e era realmente esse o plano, eu só queria esperar mais um pouco, dois dias para ser exato, queria dá essa normalidade a Suzana, queria que ela desfrutasse disso depois de tanta dor e sofrimento, se contasse que estava morrendo, tinha certeza que ela entraria em pânico, todos entrariam, então não haveria mais casamento, nem mais comemoração, não faria mais sentido para eles... Então eu daria isso a eles, daria mais dois dias normais.
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Mais tarde em meu quarto eu refletia sobre a conversa com o doutor Alves, ela ainda soava estranha para mim, eu não estava nervoso, só me sentia estranho, mas sabia perfeitamente que essa falta de nervosismo se devia a Jesus, ele não estava só me dando a chance de me despedir, estava me dando capacidade para isso também.
— Oi, eu vim dá tchau. — Sarah disse depois de duas batidas na porta que estava abeta.
— Já vai? — perguntei, enquanto ela entrava em meu quarto e sentava na cama de frente para mim.
— Sim, tenho um plantão hoje, por falar nisso, como foi no médico? — ela perguntou, lembrando que eu havia comentado com a sobre a dor de cabeça mais cedo.
— O mesmo de sempre, exames e remédios. — Contei meia verdade. — Ele passou um remédio novo para a dor de cabeça também.
Sarah assentiu, despreocupada. Depois da minha alta, todos ficaram mais calmos em relação a minha saúde, com exceção de Suzana.
— Bom, tenho que ir agora. Ainda vou passar na Fler para fazer uma prova do meu vestido de madrinha, dá pra acreditar que o meu foi o ultimo a ser entregue. — Ela disse fingindo indignação.
Sorri, um pouco.
— Sarah... — Disse segurando sua mão antes que levantasse. — Eu queria agradecer, por tudo o que fez por mim desde que mudei para sua casa.
