Capítulo 70 Eu me casaria com Suzana Levins.

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Quando cheguei a casa de Suzana, o jantar já havia acabado, embora todos estivessem na sala de visita, conversando distraidamente, com exceção de Suzana e sua irmã. Depois de cumprimentá-los, Candece me encaminhou até a sala de jantar para que eu comesse.

- Imagino que não teve tempo nem mesmo de jantar - Candece falou sentando ao meu lado na grande mesa.

Neguei com a cabeça. Não tinha conseguido nem mesmo ir ao seminário hoje.

- Sinto muito por ter perdido o jantar, Candece. Suzana disse que você se empenhou bastante na organização da noite.

Seus olhos azuis se estreitaram um pouco. Suzana também havia dito que aquilo era difícil para a mãe, mas que mesmo assim ela insistira, poque sabia que era o que Suzana queria.

- O que importa é que está aqui agora, Suzana ficará muito feliz. - Antes que eu pudesse responder seus olhos abriram surpresos, e Suzana desfilou até nós.

Ela estava radiante.

- Ah aí está você querida, Benjamin acabou de chegar.

- Oi... Uau! - Sorri abobado

- Linda, não é? - Candece disse.

- Perfeita para mim. - Afirmei ainda a fitando.

- Seu bobo. - Suzana sorriu.

- Vou deixá-los a sós. - Candece falou, e se retirou em seguida.

- Por favor me diz que toda essa produção foi pra mim. - Pedi me aproximando para beijá-la assim que ela ocupou a cadeira ao lado.

- E pra quem mais séria? - Suzana falou como se fosse obvio, e eu sorri. Adorava quando ela dizia que se arrumava para mim.

- Como foram as coisas? - quis saber.

- Bem. - Ela respondeu tocando minha mão encima da mesa, e eu entrelacei as duas.

- E como você está?

- Melhor agora que você chegou. Tá perfeito pra mim. - Ela disse baixinho, fitando meus olhos.

Um sorriso tomou meu rosto.

- Desculpe por não ter estado aqui.

Suzana meneou a cabeça.

- Não se desculpe por uma coisa que não é sua culpa... - Ela começou - Se me deixasse falar com os meninos.

Suspirei.

- Você é um teimoso. - Ela disse realmente chateada. E eu não consegui não sorrir da sua expressão.

- Sabe na realidade acho que as coisas vão se acalmar agora.

- Como assim?

- O meu supervisor se demitiu hoje. - Como era bom falar isso.

A boca de Suzana se abriu surpresa.

- Porquê?

Dei de ombros. Eu não tinha certeza, e o que quer que tivesse acontecido entre ele e o Murilo, era assunto deles.

- Quem sabe... De qualquer forma, me sinto aliviado. - Admiti.

Suzana refletiu por alguns segundos, e então seu olhar se perdeu como geralmente acontecia.

- Você se distrai muito fácil. - Disse tocando sua bochecha.

Suzana sorriu.

- Isso significa que você não vai mais dormir quando estivermos conversando? - Ela brincou.

Meneei com a cabeça no mesmo instante em que Ana apareceu com a bandeja de comida que a mãe de Suzana devia ter providenciado. Depositou na mesa, e depois que Suzana agradeceu voltou pelo mesmo lugar.

Eu me pus a comer no mesmo instante, só depois de ver tanta comida caí em mim que realmente estava com fome.

- Como você consegue ser tão bonito estando tão acabado? - Suzana soltou em um dado momento, e todo o suco que eu tinha acabado de beber voou pela mesa.

Quando olhei para ela parecia muito surpresa, e tentava esconder o sorriso no rosto.

- Desculpe. - Ela sussurrou sorrindo e me passando guardanapo.

- Você está muito engraçadinha hoje. - Falei ajudando-a a limpar a mesa.

- Suzana, seus irmãos acabaram de me contar que você toca piano, e canta muito bem. - Alicia soltou animada entrando na sala.

- É mesmo? - Suzana questionou com nem um terço da animação da irmã.

- Sim, por favor toque para nós, eu gostaria tanto de ouvir.

- Eu também. - Contribuí.

Suzana me olhou feio.

- Não.

- Ah, Su. Por favor. Papai também ficou animado com a ideia, você não pode negar um pedido a ele.

A chantagem emocional de Alicia funcionou assim que ela citou o pai, Suzana muito contragosto concordou, mas ela era a única que não estava gostando da ideia, constatei ao entrar na sala, em que sua família nos esperavam com expectativa. Suzana se encaminhou diretamente para o piano, assim que ela sentou Davi disse:

- Toque: Que Bello Amor, para nós Suzana.

Apenas os Levins na sala sorriram, e eu imaginei que devia ser uma piada interna para eles, que eu com certeza perguntaria a Suzana mais tarde. Sabia que ela não gostava de tocar, já havia pedido que o fizesse para mim varias vezes, e a resposta era sempre um sonoro não, ela dizia ser algo que lembrava o Edward, que só tinha aprendido para impressioná-lo, depois que mudou para o Brasil, tocava para a avó que gostava, mas depois de sua morte parou definitivamente. Essa era a primeira vez que a ouviria.

Suzana começou deslizando as mãos pelo teclado com destreza, e eu não estava nem um pouco preparado para ouvir como era linda sua voz.

- No cambias Dios por la eternidad seras. Me calmas Dios cuando estoy llena de temor. No se esperar inconsistente es mi fe. Y en mi dolor me tragistes a la cruz. Quien ama así? Quien da su vida por mi?El fue el camino para guiarte. Confieso que lo eres todo para mi. Todo para mi.

- Al verte a ti con tus heridas de amor. Me sostendrás. No puedo tu nunca dirás. Estoy aquí bajo la sombra de tu cruz. Tus brazos son refugio eterno de perdón. Quien ama así? Quien da su vida? Por mi el fue el camino para guiarte. Confieso que lo eres todo para mi. Todo para mi.

- Cristo en tu sufrimiento. Tu pensabas solo en mi.

- Quien ama así? Quien da su vida por mi? El fue el camino para guiarte. Confieso que lo eres todo para mi
Lo eres Todo para mi. Lo eres todo para mi. Lo eres Todo para mi.

Ela terminou a última nota no piano, e logo em seguida a sala se encheu e aplausos. E quando seus olhos encontraram os meus, em meio a tantos naquela sala, eu tive a certeza...

Eu me casaria com Suzana Levins.

Eu me casaria com Suzana Levins

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