Dividas a serem cobradas

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Anitta estava nervosa e nem era pelo caos que tinha se instalado no MP estadual. Depois da denúncia anônima feita por Ohana, o Rio de Janeiro estava fervoroso com a possibilidade de uma investigação à governadora tão respeitada e querida entre os eleitores. As pessoas até mesmo tinham se esquecido de Anitta e sua possível traição, e agora tudo que interessava aos jornalistas eram as denúncias feitas à Márcia Rocha. Mas esse não era o problema de Anitta. A executiva estava nervosa pelo primeiro encontro com Juliette após o terror com o pai da estudante.

Andando de um lado para o outro, olhando frequentemente para o rolex no pulso, a carioca esperava ansiosamente pela chegada da paraibana. Quando estava prestes a olhar novamente o celular para ver se tinha chegado alguma mensagem, Juliette abriu a porta do flat, correndo até Anitta.

Era como se não se vissem há meses e não há horas. Juliette ainda estava agoniada com os próprios pensamentos e Anitta temia que a jovem tivesse acreditado nas acusações do pai. Mesmo não sendo mentira, não queria contar à ela sobre seus negócios daquela forma.

— Ei, está tudo bem?

— Só me beija, Ani.

Atendendo aquele pedido, Anitta puxou a estudante, colando os lábios em um beijo cheio de saudade. Deus! Como podia viver sem Juliette se a única coisa que queria era ela? Anitta se achava incapaz de deixá-la ir embora, ao menos não antes de tentar fazê-la ficar, precisava da mulher da sua vida como nunca precisou de nada antes.

Entre tropeços e algumas batidas de joelho pelos móveis, Anitta finalmente conseguiu chegar ao quarto com Juliette em seus braços. As peças de roupas iam ficando pelo caminho, não existia tempo para se preocupar com detalhes, só existia o desejo latente querendo ser suprimido por mais toques, mais beijos, mais sexo. Anitta precisava falar com Juliette, mas nunca deixaria de provar sua mulher para perder tempo com conversa.

— Eu quero você.

Anitta quebrou o beijo, encarando profundamente os olhos castanhos. O peito subia e descia em uma respiração descompensada, a tensão no ar finalmente se tratava de desejo e não de problemas. Se Juliette a desejava, ela a teria.

— Eu vou te dar o mundo, amor, comigo você faz o que quiser.

E Juliette fez. Empurrando o corpo da mulher contra o colchão, terminou de se despir, se juntando a Anitta em um beijo cheio de desejo. Precisava sentir a carioca com as próprias mãos, precisava guardar na memória a sensação de deslizar a língua por aquele corpo sinuoso e dar prazer à Anitta. Ah, ela daria prazer a mulher por quem estava apaixonada. Ela faria a executiva perder a pose de intocável quando implorasse para ser fodida ali mesmo.

— Então eu posso fazer o que eu quiser com você, é?

A pergunta arrepiou Anitta, que antes mesmo de raciocinar uma resposta, já concordava positivamente com a cabeça. Odiava aquele poder que Juliette possuía sobre o seu corpo. A jovem mal tinha começado e a executiva já se encontrava encharcada no meio das pernas.

— Já que é assim... Primeiro, vou te chupar até que chegue perto de gozar, quando você estiver chegando lá, vou parar. E sabe por quê? Porque quero ouvir você pedindo pra eu te comer gostoso. Não é assim que faz comigo? Estou virando o jogo, bebê.

Anitta queria se sentir irritada com aquilo, mas como podia? Juliette era incrível realizando os próprios desejos, e além de beijar incrivelmente bem, a língua habilidosa entregava um sexo oral digno de prêmios. Anitta só se molhou ainda mais ao pensar em ter Juliette no meio de suas pernas, lhe chupando e permitindo alcançar o ápice que necessitava. Era impossível ficar com raiva disso.

— E você quer que eu diga o que?

— Por agora só ocupa sua boca me beijando, o resto deixe comigo.

Fortuito - JunittaOnde histórias criam vida. Descubra agora