"Cap.03 - Você é um bruxo"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

A manhã do dia seguinte amanheceu tão gelada quanto a do dia anterior.

Harry estava tão animado que mal conseguiu dormir aquela noite; quando conseguiu, finalmente, pegar no sono, logo foi acordado por sua tia, gritando para que Harry preparasse o café-da-manhã.

Harry nunca saiu daquele armário tão animado, o que não passou despercebido por tia Petúnia, que comprimiu os lábios ao ver a animação desnecessária do sobrinho. Harry foi até a cozinha saltitando e começou a fritar os ovos contente, sem perceber que estava sob o olhar desconfiado de seus tios e Dudley.

Harry quase queimou os ovos naquela manhã porque, constantemente, ele olhava para a janela da cozinha, procurando por cabelos loiros-prateados familiares, mas nunca encontrava.

Tia Petúnia deu uma batidinha dolorosa na nuca de Harry (que nem sentiu dor pois já estava acostumado) por queimar os ovos, e Dudley colocou o pé no caminho de Harry, que apenas deu um pulinho para não cair no chão. Tio Válter desceu o jornal dos olhos e olhou para um Harry empolgado com desconfiança.

Quando todos acabaram de comer, Harry estranhou: Dudley não foi para o parquinho que foram ontem.

Mas Harry queria ir lá. Harry queria encontrar Draco.

Mal ele sabia que Draco já estava no parque, no pé do escorregador, olhando para os lados em busca de Harry por trás dos olhos lacrimejantes. Mas Harry nunca aparecia.

- Hum... tio Válter? - perguntou Harry se aproximando do tio, que ainda lia o seu jornal.

Válter murmurou alguma coisa, como se pedisse para Harry dizer logo o que queria.

- Eu... hum... eu e o Dudley podemos ir para o parque?

- Não. - disse Válter num gemido entediado, sem tirar seus olhos do jornal.

Harry suspirou profundamente, triste.

- Por que? - perguntou Harry sem hesitação.

- Porque Dudley não quer, não é Dudley? - perguntou Válter tirando, finalmente, os olhos do jornal, embora fosse para olhar o filho, não Harry.

- É. - disse Dudley com um sorriso maldoso.

Harry começou a espumar de raiva.

- Mas eu quero ir para o parque. - protestou Harry raivoso.

- Chega de brincadeiras. Nós sabemos que você não suporta aquele lugar. - respondeu Válter.

- Mas eu comecei a gostar de lá! - disse Harry, ainda bravo.

Tio Válter começou a rir forçadamente.

- E é por isso mesmo que você não vai lá. - respondeu o tio, ainda rindo.

Harry, mesmo sem ninguém perceber, começou a chorar baixinho. Então girou nos calcanhares e foi até a janela da sala, encarando a rua sem parar, por trás das lágrimas.

Até que Harry avistou cabelos louro-prateados familiares na rua, e a tristeza de Harry pareceu ir embora num sopro. Assim, ele secou suas lágrimas com violência e foi até a porta da casa. Mas a porta estava trancada.

Com o coração a mil, Harry deixou a porta e foi até a janela novamente. Draco ainda estava lá, mas estava indo embora. Assim, Harry fez a primeira coisa que passou por sua cabeça: ele pulou a janela.

Harry caiu na grama com violência e se levantou na mesma hora, correndo até Draco, que estava de costas para ele, andando devagar.

- Draco! - gritou Harry aos tropeços. - Draco!

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora