O Menino loiro do Parquinho

"Cap. 68 - O beijo de Natal"

essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

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Duas semanas se passaram desde a primeira reunião da AD, durante ao qual Harry permitiu-se não se abalar mais com a Profª Umbridge pois, mesmo que a sua cara macilenta que mais lembrava um sapo o perseguisse todos os dias na escola, ele tinha um estranho prazer e esperança dentro de si, como um talismã dentro do peito.

Ele se contentava ao ver Parvati conseguir destruir uma das mesas da Sala Precisa com o Feitiço Redutor; ele ficava orgulhoso de Neville ao ver que ele estava avançando no desarmamento, conseguindo executar o Expelliarmus com sucesso; e ele se sentia confiante de si quando percebia o avanço de Pansy com a Azaração de Impedimento. E o melhor de tudo é que o Ministério não fazia ideia.

Mas era muito complicado conseguir avisar a todos sobre as datas e os horários das próximas reuniões porque não era muito comum ver os alunos de Casas diferentes conversando entre si, embora todos estivessem já se acostumado com a aproximação da Grifinória e Sonserina, principalmente o trio de ouro com o de prata. Hermione, contudo, não tardou a arranjar um jeito para facilitar a comunicação.

Numa das reuniões da AD, ela mostrou a todos uma sacola cheia de galeões falsos e encantados com o Feitiço de Proteu, que interliga as moedas de alguma maneira, de modo que Harry pudesse atualizar a data e hora para todos que carregam o galeão falso no bolso pudessem sentir, pois ficava quente.

    Entretanto, o primeiro jogo de Quadribol estava se aproximando, assim como o nervosismo de Ron; ele se esforçava, mas não conseguia se concentrar quando estava sobre a vassoura, em frente às balizas, e com os espectadores o assistindo, mesmo que estes torcessem a favor dele.

    No dia que aconteceria o jogo de Quadribol, Ron despertou mal. Não conseguia andar direito, o que fez Harry o arrastar até o Salão Principal para que ele pudesse comer alguma coisa. Todos na mesa da Grifinória vibraram quando Harry e Ron apareceram e se sentaram, mas isso não motivou Ron a comer.

    — Boa sorte no jogo de hoje, Ronald. — incentivou Luna atrás deles. Harry se virou e se espantou ao ver que a garota havia arranjado uma cabeça de leão de tamanho normal e colocado sobre a cabeça; não era a toa que a maioria dos alunos a acompanhavam, espantados, com o olhar.

    — Como você está se sentindo? — perguntou Hermione, tentando encorajá-lo pelo menos a comer, com um sorriso.

    — Ele só está nervoso. — explicou Harry quando percebeu que Ron não estava em condições de falar apesar de resmungar para si mesmo baixinho coisas sobre ter sido uma péssima idéia entrar para o time.

    — É normal estar nervoso. — Draco chegou tão depressa que Harry pensou que ele aparatara ao seu lado. — Acho que a pessoa não se sai muito bem nos exames se não estiver um pouco nervoso...

    Mas Draco foi interrompido quando Angelina e Alícia atravessaram o Salão Principal na direção deles; Harry teve uma lembrança vívida das garotas dizerem que era para eles estarem em campo assim que acabarem de comer, e de Ron ter ficado mais pálido do que já estava.

    — Boa sorte, Ron. — desejou Blaise se inclinando na direção de Ron e o beijando longamente na bochecha. — Você irá se sair bem... Você é meu rei.

    Pansy assobiou interessada, e Ron pareceu ligeiramente animado quando cruzaram o Salão Principal e saíram do castelo em direção ao Campo de Quadribol; ele encostou a mão no lugar onde Blaise o beijara como se parecesse incapaz de ter certeza do que exatamente havia acontecido. Harry riu.