"Cap. 51 - O ovo dourado e o guelricho"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

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Não acreditava que estava vendo aquilo. O Menino-Que-Sobreviveu com Draco Malfoy? Como aquilo era possível?

Bartô Crouch Jr. não fazia ideia de que os dois tinham tanta intimidade ao ponto de uma coisa daquelas acontecer. Como ele havia entrado como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas apenas naquele ano, disfarçado de Olho-Tonto Moody — já que tinha a missão de fazer Harry Potter avançar até a última tarefa do Torneio, teletransportando para um cemitério para que o Lorde das Trevas renascesse —, ele não fazia ideia de como era o relacionamento dos garotos antes do quarto ano deles em Hogwarts, só não esperava que eles tivessem uma relação tão afetiva.

Ele sabia que Lucius Malfoy não suportava, por uma razão desconhecida, Harry Potter, puxando o pé do filho durante todos aqueles anos para que ele não ficasse com o Menino-Que-Sobreviveu, embora Draco não desse ouvidos para o pai. E Bartô tinha a estranha necessidade de contar a Lucius sobre o relacionamento escondido dos adolescentes, embora não soubesse, exatamente, o que Draco Malfoy queria dizer com: "imagina o que ele poderia fazer com esse brinquedo se soubesse que isso me mantém do jeito que eu sou".

Iria contar sobre o brinquedo, e sobre uma cura, na qual ele não sabia o que curaria, que Dumbledore estava criando. Será que Lucius Malfoy tinha ideia daquilo? Será que ele lhe poderia explicar melhor? Será que essa cura, na verdade, não é uma cura, mas uma poção que iria desmascarar Bartô Crouch Jr., mostrando que ele não era o verdadeiro Olho-Tonto?! Bartô não podia ficar parado se ele quisesse fazer o Lorde das Trevas renascer! Ele tinha de esclarecer essas dúvidas da forma menos invasiva possível!

    Para a sua sorte, nem Harry Potter, e nem Draco Malfoy perceberam a sua presença durante todo aquele tempo. Talvez eles estivessem tranquilos o suficiente, já que estavam sob uma Capa da Invisibilidade, com o fato de que alguém os veria.

    Quando o vento frio começou a expulsá-los, implorando para que eles voltassem para o Salão Principal com os seus amigos, Harry e Draco caminharam sob a Capa silenciosamente, colados. Já que estavam consideravelmente maiores, era muito difícil esconder ambos com aquela Capa, que se tornou pequena.

    Harry só não estava esperando que, ao chegar no Salão Principal, ele encontraria apenas Ron, Krum e Blaise na mesa, conversando — ou seria apenas Blaise? (Ron estava mais prestando a atenção na aparência dos dois do que na conversa, e Krum prestava bastante a atenção nas palavras de Blaise). Mas o que mais o impactou foi o fato de que nem Hermione, e nem Pansy estavam na mesa.

    — Hum... — começou Harry, chamando a atenção dos três. — Cadê a Mione? E a Pansy?

    — Elas estão ali. — Blaise apontou, com o polegar, para a pista de dança onde elas estavam de mãos dadas, dançando animadas e rindo ao som da banda Esquisitonas.

    — Nossa, finalmente — Draco se sentou na mesa vendo as amigas de divertirem. —, pensei que Pansy não criaria coragem para convidar a Mione para dançar!

    — Para falar a verdade, foi a Mione quem convidou a Pansy. — Blaise sorriu. — E elas estão dançando ali faz um tempão.

    — Vítor e ela chegaram aqui logo depois que vocês saíram. — Ron comentou, tirando uma foto do bolso. — E ele a autografou, olha!

    Na foto, Vítor Krum estava montado em sua vassoura, flutuando com o vento; no canto inferior dava para ver uma caligrafia desleixada de um autógrafo, na cor preta.

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora