"Cap.28 - No Três Vassouras"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

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A porta se escancarou repentinamente e, passando por ela como se nada tivesse acontecido, Draco Malfoy, Blaise Zabini e Pansy Parkinson entraram na sala de Trelawney, que cheirava a incenso mais do que de costume.

Arrumando as vestes bagunçadas pela pressa, o trio adentrou à sala perfumada, atraindo o olhar de todos, menos o da professora, que parecia sonhar acordada.

- Bom dia! - disse ela olhando para um ponto não-específico através dos óculos gigantescos, mexendo os braços teatralmente enquanto Draco, Pansy e Blaise formavam um trio numa mesa livre perto da janela. - Como eu estava dizendo... - retomou a professora. - nessa aula iremos aprender a ler e entender, novamente, as borras de chá, já que, na aula passada, não consegui inspecionar a todos. Você! - e apontou para Harry, que se assustou ao ver a professora, de repente, dar um grito, olhando para ele. - Me dê sua xícara, querido.

Desconfiado, Harry entregou a xícara, já bebida, à professora, que soltou um guincho logo após, largando a xícara de Harry sobre a mesa.

Harry tinha tanta certeza que aquilo não iria dar em coisa boa que até apostaria a sua Firebolt, a qual ganhara de alguém misterioso a algum tempo.

- Meu pobre garoto... meu pobre garoto querido... não... é mais caridoso não dizer... - começou ela, com os dedos sobre os olhos, apavorada. - não... não me pergunte...

- Que foi, professora? - perguntou Dean a medida que todos se levantavam e se aproximavam da mesa de Harry, querendo olhar o que tinha de tão especial na xícara do grifinório, pensando, talvez, que fosse o Sinistro que ela tanto falava.

- Meu querido, - começou a professora abrindo os olhos teatralmente. - está aqui... mais claro que antes... está mais perto... o Sin...

De novo aquilo?! Era toda a aula! A professora sempre dizendo "o Sinistro isso... o Sinistro aquilo..." enquanto pressagiava a morte de Harry. E parecia que Hermione pensou na mesma coisa pois ela exclamou em voz alta:

- Ah, pelo amor de Deus! Não é aquele ridículo Sinistro outra vez!

A sala prendeu a respiração. Hermione dizendo uma coisa daquelas a um professor?!

Profa. Trelawney olhou para a garota enquanto Parvati e Lilá cochichavam coisas entre si e olhavam feio para Hermione. A professora se ergueu:

- Sinto dizer - começou ela com inconfundível raiva. - que no instante em que você entrou nesta sala, minha querida, ficou evidente que não tinha o talento que a nobre arte da Adivinhação exige. Na verdade, não me lembro de jamais ter encontrado uma aluna cuja mente fosse tão irreparavelmente terrena.

- Ótimo! - exclamou Hermione depois de um momento tenso em silêncio, se levantando e enfiando um livro na mochila. - Ótimo! - repetiu, agora quase derrubando Ron da cadeira quando atirou a mochila sobre o ombro. - Eu desisto! Vou-me embora!

E, para o assombro da turma, Hermione saiu da sala.

As férias da Páscoa não foram relaxantes porque os alunos do terceiro ano tinham recebido mais deveres para casa mais do que o normal. Hermione, por outro lado, era a que mais estudava. No começo daquele ano letivo, a garota havia se inscrito em todas as aulas possíveis, tendo duas - ou, até mesmo, três - aulas ao mesmo tempo. Harry e Ron não compreendiam como a amiga conseguia dar conta de tudo aquilo de aula - e ela não conseguia -, embora fosse por um simples segredo que ela não iria contar. Ou iria?

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora