"Cap. 64 - Não devo contar mentiras"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

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Era de se esperar que os olhares sobre Harry Potter naquele ano se aumentariam com grande consideração; se for ponderar que, há alguns meses, ele voltara de um labirinto com o corpo morto de Cedric Diggory, enquanto dizia que Voldemort havia retornado ao poder para a escola inteira. Harry se culpou mentalmente, pensando que fora muito burro ao pensar que atrairia menos a atenção porque não era só os alunos miúdos do primeiro ano que cochichavam coisas entre si e apontavam a ele, como também seus amigos haviam virado a cara a ele, sendo Simas Finnigan e Lilá Brown grandes dois exemplos. Provavelmente, acreditavam em cada baboseira que Profeta Diário escrevia, pensou Harry quando Simas nem sequer cumprimentou ele ao sair do dormitório dos garotos.

    Para sua sorte, não eram todos, até porque Pansy e Blaise acreditavam no retorno de Voldemort, junto a Luna Lovegood, a amiga maluca de Ginny, e Cho Chang, que, mesmo com Cedric Diggory morto, se mostrava vivamente interessada nele, a julgar que ela sempre procurava pelo Menino-Que-Sobreviveu nas trocas de aula, querendo puxar assunto. Draco, entretanto, não tardou a perceber que, quando Cho disse "Eu acredito em você, Harry, e acho que podemos ser amigos", ela tranparecera um interesse maior ao dizer "amigos", e Draco teve de se segurar para não interromper o papo deles dizendo que Harry Potter estava namorando com ele, e apenas com ele!

    Por outro lado, agora que Hermione e Ron eram monitores, eles tinham o dever de manter a ordem — embora, na grande maioria das vezes, era Hermione quem se comportava mais como monitora. Mas Fred e George, que decidiram testar seus produtos novos em calouros, não ligavam a mínima para as broncas de Hermione, pelo menos até ela ameaçar de contar tudo à Sra. Weasley.

    Contudo, assim que os dias passavam, Harry parecia ter extraído todas as suas incertezas em consideração à Profª Umbridge. Quando a primeira aula dela chegou ao fim, Harry teve certeza de uma coisa: ela o odiava, e ele sentia o mesmo por ela de uma forma que fazia sua cabeça arder toda vez que a ouvia dizer alguma coisa, com sua vozinha aflautada e infantil. Afinal, não era apenas a maneira que a aula dela se baseava exclusivamente na leitura da teoria, mas também foi o fato da professora ter dito à sala inteira que Harry Potter não se passava de um mentiroso que é faminto por atrair atenções com suas mentiras.

    E foi assim que Harry Potter arranjou uma detenção ainda na primeira semana de aula. E Harry não se lembrou se já tivera detenção pior.

    — Quero que o senhor escreva: Não devo contar mentiras.

    — Quantas vezes? — perguntou Harry numa esforçada e fingida cortesia.

    — Ah, o tempo que for preciso para fazer a frase penetrar. — resṕondeu num tom de riso.

    — A senhora não me deu tinta.

    — Não será precisa a tinta.

    Uma vez escrito Não devo contar mentiras no pergaminho, Harry soltou uma exclamação de dor. As palavras não só apareceram no pergaminho na cor vermelho-escuro, como também se replicaram nas costas de sua mão direita. A pele se tornou a fechar, mas a ardência não parou.

    — Pois não? — disse Umbridge.

    — Nada. — gemeu Harry.

    Só foi dispensado quando passara da meia-noite, aborrecido com a ideia de que teria de voltar até sexta-feira pois, segundo Umbridge, a mensagem ainda não havia penetrado; nesse meio tempo, entretanto, ele não fizera mais nada senão escrever a frase sem tentar demonstrar que estava sentindo dor.

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora