"Cap.18 - Não deixe meu pai ficar sabendo disso"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

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Boa leitura <3

"Malfoy, leia a carta.

Me encontre na Torre de Astronomia hoje às 20:00, eu vou levar minha Capa da Invisibilidade e assim poderemos conversar melhor.

Por favor, Draco, eu preciso.

-Harry"

Draco, enquanto lia, dava uma torrada para Edwiges que bicou o dedo do Malfoy tantas vezes que começara a sangrar. O pergaminho não era longo, mas, a olho nu, ele lia apenas a primeira frase, e Draco agradeceu mentalmente por Harry ter finalmente entendido sobre a marca d'água, e Draco mirou a carta na direção da luz, conseguindo ler o resto.

"Não posso ir. Papai não pode ficar sabendo disso" pensou Draco após ler a carta, então olhou para a mesa da Grifinória, vendo que Harry desviou o olhar dele na mesma hora.

No canto inferior da carta, Draco escreveu, depois de inspirar profundamente, tomando uma decisão, mesmo sabendo que não poderia acabar bem:

"Tudo bem. Mas não podemos demorar muito."

Assim, depois que Edwiges terminou de comer, Draco prendeu a carta na coruja, que deu bicadinhas carinhosas na orelha de Draco antes de levantar o voo. O Malfoy viu Edwiges sair voando e aterrissar na mesa da Grifinória, onde Harry, mirando a carta contra o Sol pois Draco havia o respondido com o Tinteiro Marca d'Água, sorriu, e Draco sorriu de volta.

Quando deu 19:55, ambos já haviam chegado, juntos. Pois se encontraram no meio do caminho. Então entraram na Torre.

- Harry, você sabe que Filch sempre passa aqui de noite, não? - perguntou Draco quando viu Harry retirar a Capa de seu corpo.

- Sim, mas eu quero que você use minha Capa também.

- Eu vou caber aí dentro com você?

Harry deu de ombros e se aproximou.

- Só sabemos tentando.

Assim, o Potter jogou a Capa por cima deles, e ambos ficaram completamente invisíveis, apenas seus calcanhares para baixo ficaram aparecendo. Até que Draco tomou coragem e perguntou algo que já incomodava a sua cabeça havia um tempo:

- Harry, como você não entendeu minhas cartas?

Harry engoliu em seco.

- E-Eu entendi mas... olha, para falar a verdade... eu estava agindo orgulhoso demais depois que li a primeira frase da sua primeira carta, sabe? Porque, Draco, você não é o mesmo desde os sete anos, e você sabe disso, não? - Draco assentiu, triste. - Então eu achei que, quando você escreveu "eu te odeio", você estava com seus pensamentos mudados. Eu pensei que você estava falando sério naquela frase. Então... por mais que eu tenha recebido as suas outras cartas, eu estava confuso demais para obedecer porque eu achei que você estava tramando alguma brincadeira de mau-gosto contra mim. Eu fui um idiota.

- Sinto muito...

- Não sinta... - disse Harry imediatamente, pondo, sem perceber, a mão sobre o braço do loiro. - é tudo a minha culpa. Se eu tivesse deixado o orgulho de lado eu já teria descoberto sobre a marca d'água faz tempo. Você foi claro demais naquelas cartas, fui eu que não quis obedecê-las. Aliás, Draco, você disse que seu pai poderia descobrir que estava enviando cartas à mim. Então por que você foi tão claro e direto naquelas "dicas" sobre a marca d'água? Seu pai poderia colocar as cartas contra o Sol e descobrir o segredo delas, não?

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora