"Cap. 54 - Ele não é o Prof. Moody"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

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Draco Malfoy nunca se sentiu tão atormentado. A avalanche barulhenta ao seu redor o deixava surdo, piorando cada vez mais uma dor que ele sentia dentro de seu corpo. Ele estava passando mal; sentia tontura, suava frio, e tremia. Olhou para trás; Moody ainda estava paralisado no lugar, tinha um tremelique um pouco menos violento do que o de Draco, e parecia estranhamente entusiasmado. Draco caminhou até ele, perturbado com o barulho das pessoas nas arquibancadas, que se transformou num sonzinho irritante dentro de seu ouvido. Draco tocou nas costas do professor corajosamente, para que ele o olhasse.

    — Por favor, não conte à ninguém sobre mim e o Harry. — disse trêmulo, a voz demonstrando um fio de preocupação.

    De início, pensou que o professor não tinha ouvido, mas então ele concordou com a cabeça, dizendo, os olhos encarando o vento:

    — Sim... sim, pode deixar. — falou distraído, mentindo. — Eu já volto. — assim, o professor saiu mancando, numa velocidade alta, para fora do estádio.

    Iria escrever para Lucius Malfoy; não queria perder nem mais um segundo agora que sabia sobre a verdade de Draco Malfoy e Harry Potter.

    Aliviado, mas ainda passando mal, Draco se apoiou no corrimão da escada para que pudesse desce-la, assim poderia ir ao castelo; mas então percebeu que ele não estava sentindo fome, sua garganta estava trancada e, caso se forçasse a comer alguma coisa, ele ficaria pior. Então, com dificuldade, Draco virou seu corpo, a cabeça latejando e deixando sua visão turva.

    Era difícil subir a arquibancada até Pansy e Blaise — que pareciam estar longe demais dele do que antes —, mas ouviu passos atrás de si. Viu Karkaroff correndo para fora do estádio.

    — Volte aqui, seu covarde! — disse Snape, mas Karkaroff não ouviu.

    Sem entender nada do que estava acontecendo, Draco tornou a se esforçar a subir as escadas, o corpo cambaleando, até que...

    Draco ouviu um estalo e, perto das arquibancadas, ele viu algo aparecer repentinamente. Era a Taça Tribruxo, e dois corpos caídos.

    A tontura e o mal-estar pareceu se esvaziar repentinamente de seu corpo. Ele ouviu as pessoas gritarem mais alto, e passou perto de Dumbledore, que corria em direção às duas pessoas ao chão. Se aproximou correndo, percebendo que mais pessoas haviam se agrupado em volta dos dois corpos. Um deles era Harry Potter; cujos olhos estavam fechados.

    — Harry! Harry! — Dumbledore agarrou Harry pelos ombros e, para o alívio de Draco, o garoto abriu os olhos.

Harry, que tinha a Taça em sua mão, a soltou, segurando Cedric ao invés dela. Então Draco percebeu...

Cedric estava parado, os olhos abertos e inexpressivos encarando as estrelas no céu inconscientemente; a boca entreaberta e imóvel. Morto.

Sentindo a respiração ficar falha, Draco virou a cabeça para voltar a encarar Harry, cujas mãos agarraram o pulso de Dumbledore.

— Ele voltou. — gemeu Harry. — Ele voltou. Voldemort.

Draco sentiu suas entranhas despencarem.

— Que está acontecendo? Que está acontecendo?

Fudge chegou correndo, o rosto incrédulo com a cena:

— Meu Deus, Diggory! — murmurou. — Dumbledore, ele está morto!

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora