O Menino loiro do Parquinho

"Cap. 56 - Mais um ano letivo se passou"

essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa leitura <3

~~

— Minerva — perguntou Dumbledore. —, poderia ficar de guarda aqui enquanto levo Harry e Draco para cima?

— Naturalmente. — ela parecia assustada, mas não o suficiente para impedi-la de puxar a varinha e prender Bartô Crouch na cadeira com cordas.

— Severus — Dumbledore se virou a Snape. —, por favor, peça a Madame Pomfrey vir até aqui para que ela leve Alastor Moody a enfermaria. Assim, desça aos jardins e procure por Cornélio Fudge; com certeza ele irá querer interrogar Crouch pessoalmente, então leve-o aqui.

Concordando com a cabeça, Snape saiu da sala.

— Harry, Draco — chamou o diretor. —, venham comigo.

Deixando McGonagall, Crouch e Moody sozinhos, Dumbledore e os garotos saíram da sala.

— Quero que os dois venham ao meu escritório. — disse o diretor baixinho enquanto andavam pelo corredor; Draco parecendo petrificado, suas pernas se recusando a andar, e Harry com uma dificuldade de conseguir caminhar tão rápido. — Sirius está nos esperando lá.

Exaustos com todas as descobertas recentes, ambos concordaram com a cabeça, continuando a seguir o caminho pelo corredor. Chegaram à gárgula de pedra, que dá acesso à sala do diretor. Dumbledore disse a senha, e eles entraram.

Sirius estava parado, parecendo estar inquieto. Ele atravessou a sala assim que os viu.

— Vocês estão bem? — perguntou, segurando fortemente nos braços dos garotos, que nada disseram. — Eu sabia... eu sabia que uma coisa assim... que aconteceu?

Ele tremia violentamente com o esforço de fazer Harry e Draco se sentarem em frente à escrivaninha.

Com cada parte de seu corpo doendo, Harry ouvia quase nada da explicação de Dumbledore a Sirius sobre Bartô Crouch Jr. e tudo o que aconteceu com o impostor desde que ele fugira de Azkaban pela sua mãe. Sirius não o interrompeu em momento algum, muito menos Harry e Draco, que nem tinham forças para falar.

Harry foi tirado de seu momento em total imersão ao cansaço quando Dumbledore, depois de contar tudo sobre Bartô Crouch a Sirius, lhe disse:

— Quero que me conte tudo o que aconteceu desde que você tocou a Chave de Portal com Cedric Diggory.

Harry inspirou profundamente antes de começar a contar. Assim que falava, visões sobre os acontecimentos daquela noite passavam por sua cabeça. Sirius, de vez em quando, emitia ruídos pensativos enquanto o afilhado falava mas, para a sorte de Harry, ele nunca o interrompia; era mais fácil continuar do que começar.

Falou sobre Rabicho — Sirius tentou esconder sua raiva quando Harry disse que ele perfurara seu braço em busca de sangue —, e contou sobre a poção, a volta dos Comensais da Morte, e sobre o duelo que tivera com Lorde Voldemort. Disse que suas varinhas se ligaram, mas não sabia o que era aquilo. Dumbledore o explicou que aquilo se chamava Priori Incantatem, um efeito muito raro que acontece quando varinhas irmãs se encontram.

Quando Harry disse que viu seus pais serem regurgitados pelo feitiço, Sirius apertou seu ombro com tanta força que chegou a doer

— Esta noite você revelou uma bravura que ultrapassou o que eu teria esperado de você, Harry. — disse Dumbledore quando Harry terminou a história. — Revelou uma bravura igual à daqueles que morreram combatendo Voldemort no auge do seu poder. Você vai me acompanhar à ala hospitalar. Não quero que volte para o dormitório esta noite. Uma Poção do Sono e algum sossego... Sirius, você gostaria de ficar com ele?