"Cap.39 - Passada em casa"

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Boa leitura <3

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No dia anterior, Harry voltara a casa de seus tios. Revê-la não lhe trazia um sentimento agradável, mas ele tinha a obrigação de voltar a ela nas férias.

Ter em mente que ficaria dois meses sendo atormentado por Dudley, tia Petúnia e tio Válter não era reconfortante, embora a reação de tio Válter perante a notícia de que Harry recebera uma carta de seu padrinho foragido e de seu namorado fosse impagável.

Draco Malfoy não era "veridicamente" seu namorado, mas Harry achou uma boa ideia identificá-lo como um. Por mais que não tivesse ocorrido nenhum pedido para que tivessem uma relação séria, Harry considerava Draco Malfoy como seu namorado por mais que eles não tivessem tido uma boa comunicação no último dia, já que não haviam conversado. Afinal, eles já trocaram alguns beijos e eles se amavam apesar de tudo.

Ficar pensando em Draco o fazia se lembrar de que ele viria a sua rua naquele dia à noite. E a ideia de que o veria em poucas horas fazia seu estômago borbulhar em ansiedade.

Estava preocupado com Draco, mas, como o próprio disse, não adiantaria nada tentar impedi-lo de visitá-lo, já que ele era um "perfeito sonserino quando ele quisesse", ou era como ele se considerava.

Draco não havia especificado o horário no qual ele viria à Rua dos Alfeneiros, e isso fez com que Harry não tirasse seus olhos da janela naquela noite.

Porém, algo irregular apareceu de repente do outro lado da calçada, e Harry, que tivera sua cabeça apoiada em seus braços que estavam escorados no para-peito da janela, levantou a cabeça. Seus olhos brilharam quando viu a figura de Draco Malfoy olhando ao redor.

Com o coração martelando no peito, Harry olhou para trás e, percebendo que tio Válter, tia Petúnia e Dudley estavam distraídos, Harry pulou a janela com uma grande dificuldade; afinal, ele não tinha mais o corpo de uma criança de sete anos, mas de quase quatorze.

Caiu na grama gemendo de dor e chamando a atenção de Draco, que olhou para a sua direção imediatamente.

Enquanto se levantava, Harry viu uma mão oferecendo ajuda e, sabendo de quem era, Harry a segurou e se levantou.

- É muito perigoso, Drac... - começou Harry, mas parou de falar quando sentiu ser abraçado.

- É perigoso mas você veio me ver mesmo assim. - Draco respondeu num tom teimoso.

- É que...- começou. Então se lembrou: - Como é que conseguiu convencer seu pai para que pudesse vir aqui?

- Meu pai não tem a menor ideia de que estou aqui. - ele respondeu, soltando o abraço e encarando Harry nos olhos. - Foi minha mãe quem me trouxe. Eu aparatei com ela, mas ela já desaparatou para casa.

- O que seu pai pode fazer quando descobrir que está aqui comigo? Eu não quero que sofra por minha causa, Draco. Por mais que eu queira ficar com você todos os dias, é muito arriscado; não devemos ficar juntos...

- Ficar longe de você, te olhar mas não poder conversar, e ter de sair escondido com você por medo do que os outros podem pensar de nós dói mais do que um feitiço de tortura, Harry. Quero ficar com você, ficar perto de você sem me preocupar de estar na frente de milhares de pessoas. Não quero me esconder. Não quero mais ficar escondido.

- Não, Draco. Eu não quero...

- Você quer, sim, Harry.

Harry suspirou e abaixou a cabeça. Draco realmente podia ser um perfeito sonserino quando ele quisesse.

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora