"Cap.7 - Constelação de Draco"

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essa história é da autora; gema_escura, do spirit. todos os direitos são reservados a ela.

Boa Leitura <3

Quando acabou de comprar todas as coisas necessárias para o seu primeiro ano em Hogwarts n'O Beco Diagonal, Harry voltou para a Rua dos Alfeneiros, para esperar até o dia primeiro de setembro.

Harry encontrara Draco outra vez quando estava com Hagrid comprando sua coruja mas Draco nem percebeu sua presença.

Os Dursleys deixaram Harry dormir no segundo quarto de Dudley, o quarto dos brinquedos. Pelo menos aquele quarto era maior do que o armário.

Harry nunca mais acordou contente. Quando ia fazer o café-da-manhã os Dursleys estranhavam o constante senso-de-humor depressivo de Harry, que passara a andar arrastando os pés, desanimado.

No entanto, Harry voltara a olhar para a janela embora não fosse todos os dias. Começou a refletir a atitude ignorante de Draco na loja da Madame Malkin e se sentia deprimido toda vez que a voz arrogante e superior de Draco ecoava em sua cabeça:

"Não nos conhecemos, Potter, então não vejo porquê de você me tratar como se fossemos velhos amigos."

Harry enfiou a cabeça no travesseiro remendado e chorou pela terceira vez aquela noite. Ele não conseguia dormir, pensava que era por causa do horário cedo (19:00), mas era porque tinha remorso. Quatro anos não é muita coisa para esquecer seu amigo. Harry, com a visão borrada por causa das lágrimas e a falta do óculos, guiou sua mão até a mesa-de-cabeceira quebrada ao lado da cama e abriu a gaveta, tirando a caixa, já decomposta, do Sapo de Chocolate que Draco lhe dera enquanto ainda era gentil.

Harry secou suas lágrimas, colocou seus óculos e leu a letra borrada e velha, mas delicada, de Draco pela milésima vez desde que Draco lhe dera aquilo.

Não gostava de imaginar que Lucius fez Draco perder a memória com tantos feitiços da dor... será que foi isso que aconteceu?

Draco era tão doce antigamente... por que ele havia mudado? Por que ele havia deixado de ser gracioso para virar alguém descortês?

Não queria pensar na idéia de que seu pai havia feito lavagem cerebral no filho.

Harry deu um suspiro falho, guardou a caixa de volta a gaveta e foi até a janela, com um fio de esperança.

Harry viu Sra. Figg mancando enquanto atravessava a rua, e olhou para cima; via as estrelas brilharem irregularmente e Harry reconheceu uma constelação familiar.

FLASHBACK ON

Draco soltou um gritinho.

- Oh, por Merlin, Harry! Olha lá em cima!

Harry inclinou a cabeça e viu as estrelas brilharem sobre seus olhos.

- O que tem? Consegue ver alguma estrela cadente?

- Não. - disse Draco olhando para o céu estrelado. - Está vendo aquilo? É a Constelação de Draco. Mamãe sempre me mostra ela. Consegue ver? Olha!

Harry olhou para cima e, sendo guiado pelo dedo indicador de Draco, viu a constelação.

- Ela nunca vai embora. - comentou Draco sorrindo. - Você pode ver ela todo o ano.

FLASHBACK OFF

Harry suspirou. A Constelação de Draco estava tão brilhante quanto daquela vez que Draco a apresentou. Será que Draco também estava olhando para aquele céu naquele exato momento, admirando as estrelas brilharem? Harry baixou os olhos tristes e viu algo brilhar no meio da rua, então percebeu: Draco estava lá, e as estrelas refletiam com intensidade em seus cabelos prateados.

No entanto, Harry prendeu a respiração.

"O que diabos Draco estava fazendo lá?"

Harry girou nos calcanhares e saiu correndo para fora do quarto, abrindo a porta com violência ("Quebra!" bradou Válter do andar de baixo, Harry não escutou). O pequeno Potter desceu as escadas tropeçando e pulou a janela que costumava pular todos os dias.

- Para onde está indo, moleque?! - gritou tia Petúnia.

- Vá e não volte! - berrou Dudley quase cantando.

Harry ignorou os comentários alheios e caiu na grama com violência.

Draco ainda estava lá.

- Draco! - gritou Harry aos tropeços.

Draco virou a cabeça.

- Ah... você de novo. - comentou Draco para si mesmo, sem se importar, continuando a andar. Harry acompanhou seus passos.

- Me diz o que aconteceu. - insistiu Harry. - Seu pai lhe fez uma lavagem cerebral, não foi? Ele ficou irritado quando nos viu conversando, não é? Diga, Draco, não custa nada.

Draco continuou calado, como se não estivesse o ouvindo.

- Draco, pare de fingir que não me escuta! - bradou Harry irritado.

Draco não fez nada, apenas continuou andando.

Harry puxou seu braço e virou a cabeça de Draco para a sua direção. Draco fez força para não olhar para os olhos verdes de Harry mas o Potter não deixou o loiro se mexer.

- O que está acontecendo?! - perguntou Harry desesperado.

Draco insistiu não-verbalmente para sair do lugar, mas Harry continuou bloqueando seu movimento.

- Não posso falar com ninguém. - disse Draco com a voz controlada. - Me solte.

Draco, dessa vez, fez mais força do que da outra vez, e Harry não conseguiu o impedir de se movimentar.

O loiro saiu às pressas, como se estivesse assustado com a ação de Harry. E, mesmo sem querer admitir, Draco sentia pena do garoto que acabara de abandonar, mas Draco não tinha escolha senão correr para longe de Harry.

Se não fosse as ordens de seu pai, Draco continuaria ali, você pode ter certeza.

{...}

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bjs, saah

💋

O Menino loiro do ParquinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora